Usiminas avalia venda de fábrica de tubos no Sul
Adiretoria da Usiminas começou a avaliar a possibilidade de vender uma fábrica de tubos com costura no Sul do País, a ex-Zamprogna, adquirida em 2009. O ativo, que pode render alguns milhões à empresa, faz parte da subsidiária da Soluções Usiminas, que além da siderúrgica mineira tem como sócias a companhia asiática Metal One (20%) e a família Sleumer (11,1%). Os minoritários da Soluções Usiminas já se posicionaram a favor da venda, diante da percepção de que esse ativo tem pressionado para baixo o resultado da empresa. Na Usiminas, entre os que se colocam contra a venda, a justificativa é de que o ativo contempla também um relevante polo de distribuição de aço na região Sul do País, importante comercialmente para a Usiminas.
» Nada certo. Nenhuma decisão foi tomada até agora e a discussão ainda está na diretoria. No balanço da Usiminas há uma provisão de R$ 67 milhões, para perdas prováveis na Justiça referentes à compra desse ativo. Nas notas explicativas em seu demonstrativo financeiro, a empresa diz que esse processo judicial decorre de “divergências em relação ao valor pago pelas ações da aquisição”. Quando anunciado, em dezembro de 2008, o valor da compra foi de R$ 160 milhões, mas quando o negócio foi concluído, no ano seguinte, o valor pago foi da ordem de R$ 91 milhões. Procurada, a Usiminas não comentou.
» Enquanto isso... O ambiente de incertezas no exterior e, mais recentemente, no Brasil, diante do cenário político, não interferiu no apetite dos investidores pelas ofertas iniciais de ações (IPO, na sigla em inglês) das operadoras de saúde Hapvida e NotreDame Intermédica. As empresas acabaram de iniciar as reuniões com investidores (roadshow) para emplacar suas operações e ambas praticamente já têm demanda para seus papéis. Ou seja, suas estreias na B3 estão garantidas para este mês. Fundos de investimentos ajudam a ancorar a oferta desde o início do processo.
» Em breve. A ação do Notredame Intermédica está agendada para ser precificada somente no próximo dia 19 e marcará a primeira abertura de capital na bolsa brasileira neste ano. Já a Hapvida precificará sua ação no dia 23. Procuradas, as empresas não comentaram.
» Preju. A falha técnica na linha de transmissão da hidrelétrica de Belo Monte, no Estado do Pará, que deixou sem energia cerca de 70 milhões de pessoas de nove Estados do Nordeste e de outros quatro da região Norte, no último dia 21 de março, gerou um impacto financeiro nas áreas afetadas de cerca de R$ 80 milhões. Os cálculos foram feitos pelo Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD).
» Por baixo. O montante considera apenas os horários médios de interrupção por Estado e não leva em conta a interrupção no fornecimento observada em regiões do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, que durou menos de 30 minutos e ocorreu por procedimento de mitigação da perda de carga. A estimativa, portanto, é bastante conservadora. O valor também não inclui as perdas de receita das distribuidoras de energia.
» Otimismo. Enquanto os bônus da Odebrecht de vencimento de longo prazo são negociados a preço que embute perspectiva de não serem honrados, os papéis com liquidação mais próxima operam em patamar que reflete confiança no seu pagamento. Ou seja, os bônus perpétuos da Odebrecht valem 36% do valor de face e os bônus que vencem no próximo dia 25, e somam R$ 500 milhões, operam a 86% do valor de face. Sem lógica? Não. A interpretação de operadores do mercado de dívida é de que a empresa não deixará de cumprir com esse compromisso, mesmo que tenha de fazer uso de seu caixa para isso.
» Passando o chapéu. A companhia tem feito vários esforços para se reequilibrar, sendo o mais recente passo uma dura negociação com bancos para obter um novo empréstimo de R$ 3 bilhões. Itaú Unibanco e Bradesco já teriam topado liberar os recursos, mas fizeram exigências no que tange à garantia oferecida: as ações da Braskem. Procurada, a Odebrecht Engenharia e Construção informou que continua a concentrar esforços para honrar compromissos de curto e longo prazos.
» É gol! É gol!. Na outra ponta, a vitória do Palmeiras sobre o Alianza Lima (PER) pela Copa Libertadores da América, na noite de terça-feira (3), foi comemorada também por ambulantes e donos de bares e restaurantes próximos ao Allianz Parque. A Rede, do Itaú Unibanco, registrou um tíquete médio de R$ 27 nesses estabelecimentos, aumento de cerca de 20% em relação ao mesmo dia da semana anterior, quando não houve jogo no local.