Combate a incêndios – Como proteger antigas construções sem inutilizá-las
Frequentemente somos impactados por notícias de incêndios em grandes centros urbanos, como o que aconteceu no Largo do Paissandu, em São Paulo. Essas tragédias geralmente acontecem em habitações antigas, desabitadas, em estado de ruína, ou em invasões ilegais. O fogo facilmente se espalha, por conta da precariedade dos espaços, e resulta em perda de vidas humanas e danos de património cultural.
Porém, não é muito difícil identificar os locais de risco. A análise é feita por meio de uma metodologia própria que permite a identificação rápida e facilita o controle de situações de risco, garantindo a segurança de uma grande parcela dos habitantes desses locais.
Para o caso de São Paulo, além dessas soluções, a saída para evitar situações como a que aconteceu em maio deste ano, está na recuperação dos espaços centrais e investimentos em tecnologia, segurança e inovação. A revitalização dessas regiões também auxiliaria a colocar a cidade no mapa do turismo mundial.
As regiões centrais brasileiras têm muito potencial de evolução basta que sejam feitos investimentos na requalificação. Quanto mais investimento público e privado em atrativos e segurança, menores as chances desses episódios se repetirem. Por isso, já vem tarde a criação de um plano, viável e de longo prazo, de reurbanização e habitação para as regiões centrais.
Importante ressaltar que essa não é uma característica particular de São Paulo. O crescimento das grandes cidades a partir do século XIX fez com que o fogo se tornasse um dos elementos críticos para os governos e centros urbanos. Como exemplo, podemos citar o grande incêndio que aconteceu em 1835, na cidade de Nova York, que destruiu cerca de 20 quarteirões. Assim como este, outros episódios aconteceram na cidade. Para evitar novos casos, uma série de inovações e regulamentações foram implementadas.
Hoje em dia são raros ou qua se inexistentes os casos de incêndio em Nova York por conta do desenvolvimento de códigos de incêndio rigorosos para edifícios. Na cidade, a indústria siderúrgica também desenvolveu novas maneiras de forjar colunas de ferro à prova de fogo e construções de estrutura de aço que poderiam suportar calor.
Outros códigos de construção ainda são evolui dos constante mente, umexemploéa criação de uma proteção contra incêndios mais robusta e necessária para edifícios com mais de 25 metros de altura, utilizando materiais menos propensos a serem repelidos em situações de impactos ou explosões. Outra importante ferramenta que foi adotada é ade sistemas de cobertura de rádio. Colocada dentro de edifícios, ela permite que equipes de emergências e comuniquem melhor dentro eforado prédio.
Projetos inspiradores e exemplos internacionais, aliados as novas tecnologia e infraestrutura, são essenciais para a evolução das ações contra incêndios em regiões centrais. Além disso, existe a necessidade de investimentos em políticas urbanas articuladas e eficientes, com parcerias público-privada, na construção de novos prédios e em uma legislação inteligente e eficiente na manutenção e modernização de locais históricos e antigas construções, promovendo assim uma verdadeira revitalização nas regiões centrais do Brasil.
Porém é fundamental que os investimentos de adaptações das antigas construções não sejam inviáveis técnica e economicamente, passando, portanto, por aprimoramentos das legislações vigentes que visem a eficiência.
As regiões centrais brasileiras têm muito potencial de evolução basta que sejam feitos investimentos na requalificação