Fórum dos Leitores
ELEIÇÕES 2018 A escolha do Centrão
Valdemar Costa Neto é uma das piores referências políticas no Brasil, e foi ele quem forçou o Centrão a apoiar Geraldo Alckmin (PSDB) nesta eleição, exigindo a indicação do vice, Josué Gomes da Silva (PR-MG). Eu esperava que Alckmin tivesse vergonha na cara e não aceitasse tal aliança.
GERALDO MACIAS MARTINS maciasfilho@hotmail.com Catanduva
Qualquer um dos candidatos viáveis, na disputa para presidir o encrencado Brasil, aceitaria de bom grado as exóticas alianças costuradas por Geraldo Alckmin, com direito a alguma dúvida quanto à frágil Marina Silva. Para quem não quiser anular seu voto, votar em branco ou nem à urna comparecer, o quesito ética definitivamente não poderá ser usado como balizador. ABEL PIRES RODRIGUES abel@knn.com.br
Rio de Janeiro
Sem saída
Os candidatos estão aí, as alianças, idem, e o eleitor segue boquiaberto com a ausência de novidade. As eleições devem confirmar que está tudo dominado, continuamos à mercê de um sistema de usurpação infalível capaz de subverter a ordem robinhoodiana: maioria pobre sustentando minoria abastada. RICARDO C. SIQUEIRA ricardocsiqueira@globo.com Niterói (RJ)
É só o começo
Muito tempo tem sido gasto tentando explicar a trama que os potenciais candidatos têm feito em busca de “apoio” para formar as coligações desta eleição. É preciso entender que o que eles disputam neste momento são só os minutos e segundos do horário gratuito na TV e no rádio. Na política brasileira não há programas partidários, exceto daqueles partidos cujo programa se encontra nos artigos do Código Penal... As verdadeiras coligações se dão após a posse, em busca de nacos do poder e de órgãos para serem saqueados e usados para empregar as militâncias.
CLAUDIO JUCHEM cjuchem@gmail.com
São Paulo
Enojado
É como me sinto ao ler diariamente a seção de notícias dos jornais, observando os pré-candidatos desesperados em busca de alianças com os partidos do chamado Centrão. A denominação serve para identificar aqueles partidos que atuam no Congresso com o único objetivo de obterem vantagens para si e para os seus associados. São seus componentes os responsáveis por absurdos como o Refis e as emendas conhecidas como jabutis, que elevam os gastos do erário às alturas, ou concedem isenções escandalosas a alguns segmentos da nossa economia. E, como estamos cansados de saber, quando algum desses partidos, moralmente desqualificado, se alia a um candidato à Presidência da República, já adquire a priori o direito de comandar um ministério, ou mais. E é ao que estamos assistindo, com o PTB, que era “dono” do Ministério do Trabalho, ou o PR, “dono” do Ministério dos Transportes, não por coincidência presididos por ex-parlamentares condenados pela Justiça. Seria desnecessário lembrar, mas é bom repisar, que correm atrás dessas alianças espúrias exclusivamente em razão do tempo na TV e da verba partidária. As eleições deste ano se transformaram num circo de horrores, com um pré-candidato preso, condenado em segunda instância; outro, que vai bem na pesquisa, mas não consegue sequer arranjar um vice para a sua chapa, ao mesmo tempo que vai proferindo frases desrespeitosas para com as mulheres; e outros que não conseguem deslanchar nas pesquisas de intenção de votos – isso somente na disputa pela Presidência da República. Com este cenário, não é difícil de concluir que, independentemente do eleito, vamos continuar na mesma situação. Os ministérios serão distribuídos entre os cupinchas, e não por competência – muito pelo contrário. Atualmente, porém, nós temos como combater este bando de sanguessugas, acessando e divulgando na internet o currículo dos candidatos, sempre tomando cuidado com as fake news. Graças à iniciativa de veículos de comunicação como o Estadão, agora temos a possibilidade de verificar se a informação é verdadeira ou não. Podemos começar analisando o currículo dos presidentes de partidos e as coligações. Não acredito em candidato que, embora tenha um currículo que em nada o desabone, se associe com partidos comandados por velhos caciques que há muito nos sugam. GILBERTO PACINI benetazzos@bol.com.br
São Paulo
‘BLACK BLOCS’ A condenação
Impecável o editorial A condenação dos ‘black blocs’ (20/7, A3), ressaltando a diferença relevante entre manifestações democráticas e atos criminosos de agressão e vandalismo. Sugiro, talvez, emendar um novo editorial sobre o fato de que a Justiça levou cinco anos para condenar os culpados! Sem dúvida, a Justiça seria mais justa se rapidamente conseguisse cumprir com os necessários trâmites legais. Os
condenados seriam tirados de circulação mais cedo, evitando que continuassem atuando criminosamente e inibindo outros seguidores de seu mau exemplo. Não fossem a lembrança e o editorial do Estadão, o aspecto criminoso dessas ações estaria esquecido e a condenação passaria despercebida pela sociedade.
SERGIO LUIZ DOS SANTOS VIEIRA
sergio.vieira@svdi.com.br São Paulo