Trump diz que China e UE manipulam moedas
Pelo Twitter, presidente dos EUA diz que país perde competitividade e faz nova ameaça de tarifas contra a China
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou em sua conta no Twitter que a China, a União Europeia e outros países têm “manipulado suas moedas” e mantido taxas de juros baixas. Segundo ele, isso retira a vantagem competitiva do país. “A China, a União Europeia e outros têm manipulado suas moedas e mantido os juros baixos, enquanto os EUA estão elevando os juros e o dólar fica mais e mais forte a cada dia – retirando nossa grande vantagem competitiva”, escreveu Trump ontem. Na opinião dele, não há um ambiente justo na arena internacional.
A nova crítica foi feita um dia depois de ele dizer que não estava “feliz” com a política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), que vem elevando as taxas de juros básica da maior economia do planeta.
Em São Paulo, o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, emitiu ontem um alerta para a China sobre a recente fraqueza do yuan, dizendo à Reuters que o Tesouro americano está monitorando de perto a moeda chinesa em busca de sinais de manipulação. “Não há dúvida de que o enfraquecimento da moeda cria uma vantagem injusta para eles”, disse Mnuchin sobre a China. “Vamos analisar com muito cuidado se eles manipularam a moeda.” Nova ameaça. Também ontem, Trump afirmou que está pronto para impor tarifas sobre mais US$ 500 bilhões em produtos importados da China, ameaçando intensificar a atual disputa comercial com o país asiático. “Estamos em tremenda desvantagem”, disse Trump em entrevista à CNBC – gravada na quinta-feira e divulgada ontem – sobre desequilíbrios comerciais com a China. “Estou pronto ir a 500.”
Neste mês, os EUA impuseram tarifas sobre US$ 34 bilhões em importações chinesas.
Em resposta, a China aplicou taxas sobre o mesmo valor de produtos americanos.
O governo dos EUA também acusou a China de adotar práticas comerciais injustas ao forçar investidores americanos a entregarem tecnologia importante a empresas chinesas.
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio, Roberto Azevêdo, afirmou ontem que as tensões comerciais globais estão altas pela proliferação de medidas restritivas ao comércio entre os membros da organização, com o anúncio de novas tarifas cobrindo potencialmente bilhões de dólares em comércio.