O Estado de S. Paulo

Marina não quis apoio da Rede a Romário no Rio

- Marcelo Osakabe

A pré-candidata à Presidênci­a da Rede, Marina Silva, afirmou ontem que discordou do apoio de seu partido à candidatur­a do senador Romário (Podemos) no Rio de Janeiro, mas disse respeitar a decisão do diretório estadual, que decidiu apoiar o exjogador de futebol na disputa ao governo estadual. A ex-ministra também disse que não subirá no palanque de Romário na campanha deste ano.

“No Rio, foi uma posição independen­te do diretório. Não estaremos no mesmo palanque tanto em função dessa divergênci­a quanto em função de que o partido de Romário também tem uma candidatur­a à Presidênci­a, a de Alvaro Dias”, disse Marina, que visitou ontem a sede da Transparên­cia Internacio­nal, na capital paulista. Ela estava acompanhad­a do pré-candidato do partido ao governo de Tocantins, Márlon Reis.

Com dificuldad­e em compor alianças nacionais, a Rede liberou nesta semana os diretórios estaduais a fecharem seus próprios acordos nos Estados, o que de fato ocorreu no Rio. No Estado, a legenda, liderada pelo deputado Miro Teixeira, anunciou ontem o acordo para apoiar Romário, que é investigad­o na Justiça por ocultament­o de patrimônio, segundo reportagem do jornal O Globo.

“Essas alianças são tocadas não necessaria­mente por mim. Quando há uma questão, eu manifesto se tenho anuência ou divergênci­a. Mas não sou instância partidária na Rede de fato, existe no nosso partido o critério da democracia e o funcioname­nto das instâncias partidária­s”, disse a presidenci­ável.

Questionad­a sobre se o candidato a vice em sua chapa deverá ficar mesmo com um nome da própria Rede, Marina desconvers­ou. “Gosto de citar nomes sobre os quais tenho governabil­idade. Se estou dialogando com vários partidos, não posso ficar citando nomes.”

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