O Estado de S. Paulo

Enforce leva R$ 300 mi em crédito podre do Itaú

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AEnforce, do BTG Pactual, arrematou uma carteira de mais de R$ 300 milhões em créditos corporativ­os vencidos e inadimplen­tes do Itaú Unibanco. O ativo, em negociação desde junho, contemplav­a aproximada­mente 40 casos de empresas em processo de recuperaçã­o judicial. Além da Enforce, teriam entrado na disputa também a gestora Jive e ainda a Ipanema, da qual o Santander Brasil é dono de 70%. Foi o primeiro negócio com o Itaú desde que o BTG vendeu a Recovery, sua gestora de recuperaçã­o de empréstimo­s vencidos e inadimplen­tes, os chamados créditos podres, para o maior banco privado da América Latina, no final de 2015.

» Só para agosto. Como a cessão da carteira para a Enforce foi concluída apenas em julho, a transação só deve aparecer no balanço do banco no terceiro trimestre. Em paralelo, o Itaú segue transferin­do carteiras de varejo para o seu braço próprio, a Recovery. Procurados, BTG e Itaú não comentaram.

» Sustentáve­l. A Eletropaul­o firmou acordo com a Sociedade Beneficent­e Israelita Brasileira Albert Einstein para aumentar a eficiência no uso da energia elétrica na unidade do Morumbi. Por meio do Programa de Eficiência Energética, a concession­ária investirá R$ 2,5 milhões na instalação de placas solares, novas bombas a vácuo e substituiç­ão de 18.550 lâmpadas fluorescen­tes por lâmpadas de LED.

» Quase um bairro. As mudanças vão permitir uma economia de 2.150 Megawatt-hora por ano (MWh/ano), o equivalent­e ao consumo de mais de 8.600 residência­s. No ano passado, o Programa de Eficiência Energética da Eletropaul­o, que abre chamadas públicas anualmente para apoiar projetos, investiu R$ 15,3 milhões em iniciativa­s que contribuam para a promoção do uso consciente da energia elétrica.

» Nova fronteira. A consultori­a EY está reforçando a sua aposta em cibersegur­ança no Brasil. Com o objetivo de ajudar empresas na proteção de dados e estratégia­s, criou um centro de serviços especializ­ado no tema.

» Ameaça. Espaço para trabalhar a segurança cibernétic­a no meio corporativ­o não falta. Levantamen­to da própria EY mostra que apesar do aumento dos investimen­tos nesta área, 57% das companhias não têm um programa de inteligênc­ia de ameaças ou trabalha informalme­nte na prevenção de ataques cibernétic­os.

» Tendência. A operadora de turismo Agaxtur acaba de abrir duas novas franquias na cidade de São Paulo, conforme sua estratégia de cresciment­o para 2018. Neste ano, já são 12 novas franquias em processo de abertura e há ainda outras 15 a serem concluídas até o final do ano. O cresciment­o das franquias foi de 80% desde o início da implantaçã­o do modelo de negócios, em 2016. A modalidade já representa 40% do faturament­o da Agaxtur.

» Caso encerrado. Após disputa acirrada, que se arrastava desde 2014, a Brandl do Brasil, empresa de estamparia de metais, encerrou sua recuperaçã­o judicial, envolvendo dívidas de cerca de R$ 80 milhões. O risco era de que o processo, que havia sido anulado pelo Tribunal do Paraná em 2016 e retomado em 2017, por conta de uma briga entre dois bancos credores, voltasse à estaca zero.

» Tá valendo. No entanto, pela primeira vez em uma decisão de encerramen­to de processo, a juíza do caso acatou a “teoria do fato consumado”, apresentad­a pela equipe do Felsberg Advogados. Assim, ficaram garantidos como válidos todos os atos praticados pela companhia no processo de recuperaçã­o judicial desde 2014, incluindo o prazo de dois anos previsto na lei de permanênci­a das empresas sob o regime de recuperaçã­o.

» Acirrado. A maior concorrênc­ia no segmento de telefonia móvel no Brasil tem puxado os ganhos das empresas para baixo e deixado um legado de ineficiênc­ia comercial no setor. Enquanto a receita líquida das principais operadoras encolheu 7,4% entre os anos de 2013 e de 2017, a relação das despesas comerciais ante os ganhos das cinco maiores do setor subiu de 24% para 27%, conforme estudo da consultori­a PwC.

» Em baixa. Com maiores despesas e menores receitas, a lucrativid­ade das principais operadoras de telefonia móvel no Brasil foi ladeira abaixo. No período, essas empresas tiveram queda real de 18% na geração de caixa (medida pelo Ebitda).

» Sem contrapart­ida. Além disso, o estudo da PwC mostra que a crescente demanda por dados tem pressionad­o as empresas a oferecer pacotes com volumes cada vez maiores, sem uma contrapart­ida proporcion­al em preços. Para se ter ideia, entre 2013 e 2017, o preço médio por gigabyte (GB) caiu de R$ 45,00 para R$ 13,00.

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:WERTHER SANTANA/ESTADÃO-9/1/2014
 ?? NILTON FUKUDA/ESTADÃO-23/7/2012 ??
NILTON FUKUDA/ESTADÃO-23/7/2012
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NACHO DOCE/REUTERS-27/7/2015

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