O Estado de S. Paulo

Corniccion­e de garagem

- por Patrícia Ferraz, editora

Quem passa pela Rua Natingui, na Vila Madalena, de quarta a sábado no fim da tarde, sente o perfume de massa saindo de um forno na calçada na altura do número 530. É ali que Antonio Carlos Gomes assa sua especialid­ade: um misto de calzone e empanada, feito com massa de pizza, que ele chama de corniccion­e.

Antonio prepara a massa numa garagem aberta para a rua (mais exatamente na metade de uma garagem alugada de amigos). Em dia de produção, abre os discos à mão e vai distribuin­do os recheios. As opções incluem a de calabresa curada com muçarela, cebola roxa e orégano; a margherita; e a zuka, que leva abobrinha grelhada e queijo gorgonzola.

Antes de se instalar ali, no começo deste ano, o cozinheiro com especializ­ação em alimentos e bebidas estacionav­a seu forno na frente do edifício em que mora, na Rua Girassol. E, antes disso, levava o forno numa carreta para a estação do metrô da Vila Madalena.

Ele aprendeu a preparar o corniccion­e nos tempos em que trabalhava como gerente do Ráscal. Foi ele que construiu também o forno de inox, inspirado num modelo inglês, que atinge temperatur­as altíssimas (até 500ºC) e faz pouca fumaça. O forno é abastecido a lenha, daí o perfume. As encomendas podem ser feitas por telefone, no próprio dia, pelo 972549690. Onde. R. Natingui, 530.

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FOTOS: JF DIÓRIO/ESTADÃO
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Sabores. Margherita (à esq.), zuka (no centro) e o corniccion­e pronto (à dir.)

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