O Estado de S. Paulo

Leilão da Norte-Sul pode não sair neste ano

- COLUNA DO ESTADÃO ANDREZA MATAIS TWITTER: @COLUNADOES­TADAO COLUNADOES­TADAO@ESTADAO.COM POLITICA.ESTADAO.COM.BR/BLOGS/COLUNA-DO-ESTADAO/ COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA

Atentativa do governo de leiloar um trecho da Ferrovia Norte-Sul até o fim deste ano deve naufragar. O procurador Júlio Marcelo pediu para atuar no processo que tramita no Tribunal de Contas da União (TCU). A expectativ­a do Palácio do Planalto era de que o plenário da Corte de contas autorizass­e a concessão na próxima quarta-feira, 15. Mas o procurador sinalizou ontem que não vai devolver o processo a tempo de ser votado nessa data. Júlio Marcelo tem direito a ficar 30 dias com o caso no seu gabinete, o que acendeu a luz amarela no governo.

» Já era. Pelo histórico do procurador Júlio Marcelo, a expectativ­a no TCU é de que ele peça várias diligência­s, atrasando ainda mais o calendário do governo. E, mesmo que surpreenda e devolva o processo na próxima quarta sem nenhuma observação, o caso só será pautado no dia 22.

» Virou pesadelo. Sem saber que seria atropelado, o Planalto decidiu acatar todas as mudanças da área técnica do TCU justamente para concluir o processo até quarta. Michel Temer sonha em encerrar o mandato fazendo um leilão de ferrovia, o que não ocorre no País há 11 anos.

» Não cola. No Congresso, o discurso para aumentar os próprios salários está pronto. Deputados e senadores vão justificar que não estão se benefician­do, já que o aumento é para a próxima legislatur­a. O que não contam: 90% deles tentam a reeleição.

» Prazo. O Regimento Interno prevê que a Mesa Diretora da Câmara ou qualquer deputado tem até a primeira sessão ordinária (há uma marcada para a semana que vem) para apresentar uma proposta de reajuste, mas há brechas. Em 2014, o aumento foi votado em dezembro em três dias.

» Spin doctor. Cientes que a versão é maior que o fato, as campanhas se mobilizara­m para divulgar suas versões do debate de ontem na Band nas redes sociais. A estratégia visa atingir quem não viu o confronto.

» Nem vem. A cúpula do MDB tenta colar em Henrique Meirelles a imagem de que seria “fruto do Lula”. O presidenci­ável do partido não gostou: “Sou fruto da minha história”, rebate.

» Tarefas. O presidenci­ável tucano Geraldo Alckmin marcou para terça-feira uma reunião com os nove partidos que o apoiam para discutir o espaço de cada um na campanha. A divisão já deve indicar o papel que cada um terá no seu eventual governo.

» O voto une. O senador Cristovam Buarque (PPSDF) escolheu o pastor Manoel Ferreira (PSC), da Assembleia de Deus, para ser suplente na sua chapa à reeleição. A dobradinha chamou a atenção nos dois partidos pela falta de afinidade no discurso da dupla.

» Livre estou. O ex-senador Demóstenes Torres foi absolvido da acusação de contratar funcionári­o fantasma. “Mais uma decisão que vai desfazendo uma injustiça”, diz o criminalis­ta Ticiano Figueiredo.

» Acessibili­dade. O ministro Luiz Fux, do TSE, recebeu sugestão de pessoas com deficiênci­a visual de incluir nas urnas eletrônica­s dispositiv­o de voz que lhes garanta certeza de que votaram corretamen­te. Fux disse que para 2018 não daria tempo, mas que deixaria a demanda para o sucessor.

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» SINAIS PARTICULAR­ES. Luiz Fux, ministro do Supremo Tribunal Federal
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JULIANA BRAGA/ ESTADÃO » CLICK. Eduardo Bolsonaro, filho do candidato do PSL ao Planalto, Jair Bolsonaro, aproveitou a ausência de Rodrigo Maia para presidir parte da sessão de quarta, 8.

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