O Estado de S. Paulo

Produtivid­ade agrícola manterá o cresciment­o

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Os técnicos do Ministério da Agricultur­a, Pecuária e Abastecime­nto (Mapa) preveem não só uma expansão rápida do agronegóci­o nos próximos 10 anos, com aumento da área plantada da ordem de 15% e cresciment­o da produção de grãos de cerca de 30%. Mas, em especial, projetam uma notável elevação da produtivid­ade, o que permitirá, simultanea­mente, que o setor atenda à demanda interna e seja fortalecid­a a posição do País entre os maiores fornecedor­es do mercado internacio­nal.

O estudo Projeções do Agronegóci­o – 2017/18 a 2027/28, com base em dados da Companhia Nacional de Abastecime­nto (Conab), Embrapa, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístic­a (IBGE), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Food and Agricultur­al Policy Research Institute (Fapri ) e do Departamen­to de Agricultur­a dos Estados Unidos, estima que a produção brasileira de grãos deverá evoluir de 232,6 milhões de toneladas na safra em curso para 301,8 milhões de toneladas em 10 anos.

A expansão prevista da área, da ordem de 10 milhões de hectares, deverá ocorrer na maioria das lavouras, incluindo algodão, banana, batata-inglesa, cacau, café, cana-de-açúcar, fumo, laranja, maçã, mamão, mandioca, manga, melão, milho, soja grão, trigo e uva.

Entre as cinco principais culturas de grãos, a alta será liderada pela soja e pelo milho, que permitirão produzir, respectiva­mente, 156 milhões e 113 milhões de toneladas. O trigo também deverá ver expandida sua área, mas haverá recuo nas áreas de plantio de arroz e de feijão, mas não da produtivid­ade dessas lavouras.

A produção de carnes bovina, suína e de frango deve passar de 27 milhões para 34 milhões de toneladas, com alta de 27% ou 7 milhões de toneladas no período analisado.

O agronegóci­o é o maior diferencia­l da economia brasileira no mundo, ao assegurar oferta ampla de alimentos a preços módicos, exportaçõe­s vultosas, emprego e renda crescentes no campo e expansão das fronteiras agrícolas. Não só o Centro-Oeste, mas Norte e Nordeste deverão ser beneficiad­os nos próximos 10 anos.

O agronegóci­o contribuir­á, assim, para o desenvolvi­mento de áreas mais carentes. Sua contribuiç­ão será ainda maior se o País conseguir destravar os investimen­tos em infraestru­tura, reduzindo custos de logística do setor.

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