Há 50 anos, Corcel chegava às lojas do País
Lançado em 1968 após compra da Willys Overland pela Ford, modelo é fruto de um projeto que também deu origem ao francês Renault 12
Em 1968, a Ford dava um grande passo no Brasil. Ao adquirir o controle da Willys Overland no País, além de “ganhar” modelos como a Rural, o luxuoso Aero Willys e os Jeep, a empresa recebeu no pacote um projeto em fase final de desenvolvimento. O modelo, fruto de uma parceria com a Renault, daria origem à primeira geração do Corcel, feito em São Bernardo do Campo (SP), e ao francês Renault 12.
O nome, alusivo a um “cavalo veloz”, foi escolhido pela filial local da Ford em homenagem ao Mustang, modelo de grande sucesso que havia sido lançado nos EUA apenas quatro anos antes. O primeiro Corcel foi um sedã de quatro portas. O cupê veio em 1969, seguido da perua Belina, que completava a gama.
Com motor 1.3 de 62 cv, o desempenho era modesto. Em 1969 veio a celebrada versão GT, com o mesmo 1.3, mas retrabalhado para gerar 80 cv. Em 1971, um novo 1.4 de 85 cv garantia desempenho substancialmente melhor ao modelo.
Corcel II.
Em 1977 surgiu a segunda geração. Como parte da profunda reformulação, a carroceria tinha ângulos mais retos e visual moderno para a época.
O Corcel II, no entanto, trazia o mesmo motor 1.4, mas ainda menos potente. Com 72 cv, o carro desapontou quem apostava em uma evolução mecânica.
Foi só em 1980 que o Ford ganhou um novo 1.6 de 90 cv. Esse motor, no entanto, era oferecido como opcional – de série o Corcel II mantinha o fraco 1.4.
Somente três anos depois o modelo ganhava o famoso motor CHT. Embora tivesse 73 cv com etanol, esse quatro-cilindros dava melhor desempenho ao carro. O GT, por sua vez, recebeu propulsor de 94 cv.
Mas o modelo da Ford já sentia o peso da idade e o aumento da pressão da concorrência. Na mesma faixa de mercado havia, por exemplo, o Volkswagen Passat, que ainda fazia sucesso por ter bom desempenho. A situação se agravou em 1982, com a estreia do Chevrolet Monza, rival bem mais moderno.
Em 1986, o Ford Corcel saiu de linha para dar espaço ao então novíssimo Escort.