Estrangeiro transformou dificuldade em vantagens
Malte Huffmann, um dos fundadores da Dafiti, fala sobre a trajetória do negócio e dá dicas para quem está começando
Quando se mudou para São Paulo, no fim de 2010, sem nunca ter pisado no Brasil antes, Malte Huffmann se deu um prazo de seis meses para fazer um ecommerce de calçados prosperar no País. Quase oito anos depois, o alemão segue à frente da Dafiti, que já atua também no Chile, Argentina e Colômbia e possui cerca de 3 mil funcionários, depois de investir nas marcas Kanui e Tricae.
“Vimos que o modelo de vender roupas e sapatos pela internet no Brasil era quase inexistente, e que havia uma grande oportunidade de mercado”, conta Huffmann.
Ao lado dos outros três sócios (um brasileiro, um alemão e um francês), ele lançou o ecommerce em janeiro de 2011, que inicialmente só vendia calçados. O investimento em comerciais na TV aberta e o rápido sucesso fez com que a Dafiti visse demanda em outras áreas, e passasse a comercializar também roupas e acessórios.
Preocupados em atender os prazos e reduzir as taxas de frete, os sócios investiram, em 2013, em uma rede de transportadoras e em um galpão, que atualmente armazena 400 mil produtos de 6 mil marcas.
O gerente de estratégias de marketing da Dafiti diz que as diferenças culturais de mercado, que já dificultaram sua adaptação, viraram uma vantagem.
“Isso até se tornou uma bagagem positiva, comparado com quem vem de fora para investir no Brasil. Atualmente, dominamos as complexidades e conquistamos algumas vantagens sobre a concorrência.”