Evento discute soluções para o crescimento sustentável do País
Congresso organizado pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) apresenta propostas
Qual é o país que os nossos negócios estão construindo?” Com esse tema em pauta, o CEBDS, associação que reúne grandes empresas para a promoção do desenvolvimento sustentável, lotou o teatro Santander nesta última terça-feira durante a nona edição do Congresso Internacional Sustentável 2018.
O evento formou painéis com a participação dos principais executivos de empresas como Santander, Shell, Ambev, Siemens, Natura, BRK Ambiental, Philip Morris e Itaú, que discutiram alguns dos principais desafios que o Brasil enfrenta para alcançar um modelo sustentável de crescimento nos próximos anos, e como a troca de experiências entre governo, sociedade e empresas pode facilitar esse processo.
Para a presidente do CEBDS, Marina Grossi, a sustentabilidade não é uma ação isolada só de empresas, governo ou sociedade. “A iniciativa privada tem um papel muito importante nessa jornada, mas é necessária uma interação entre todos os setores para que isso aconteça. Estamos em um momento feliz para apresentar nossa agenda, pois, independentemente da polarização e das paixões, as eleições levam a uma reflexão maior sobre qual caminho estamos seguindo”, diz.
Na abertura do evento, Sergio Rial, presidente do Santander Brasil, também destacou a importância dessa reflexão. “Nunca as pessoas estiveram tão engajadas no que está acontecendo e no futuro que querem para o País. Temos problemas, mas avançamos muito e podemos continuar nesse caminho. Devemos falar mais sobre o que podemos fazer para mudar, buscando a solução não somente no Estado, mas também na sociedade civil.”
Agenda
O evento deste ano marcou o lançamento da “Agenda CEBDS por um País Sustentável”. Resultado de quase um ano de discussões entre os presidentes das empresas que fazem parte da associação, o documento reúne 10 propostas nas áreas de eficiência energética, reflorestamento, redução de emissões de gases do efeito estufa, apoio à energia renovável, e promoção da igualdade de gênero e da inclusão na contratação de trabalhadores.
“Nossa agenda, nesse tempo de polarização, é uma prova de que é possível trabalhar juntos e chegar a um consenso. As empresas já estão tomando várias iniciativas e só pedem que isso seja alavancado com a ajuda de políticas públicas adequadas”, explica Grossi.
As propostas estão sendo encaminhadas aos presidenciáveis, e o CEBDS pretende fazer um acompanhamento da implantação dessas medidas nos próximos anos. “A expectativa é que o próximo governo inclua a iniciativa privada nas discussões para dar prosseguimento e escala a essas propostas. Mas, independentemente disso, elas estão prontas e já estão sendo colocadas em práticas pelas empresas.”