O Estado de S. Paulo

Bolsonaro atinge 28%; com 19%, Haddad se isola em 2º

Ciro fica estável, com 11%; Alckmin oscila na margem de erro, com 7%. Marina cai 3 pontos e vai a 6%

- Daniel Bramatti Caio Sartori Cecília do Lago Alessandra Monnerat

O candidato do PSL à Presidênci­a, Jair Bolsonaro, oscilou dois pontos porcentuai­s para cima e chegou a 28% na pesquisa Ibope/Estado/TV Globo, divulgada ontem. Fernando Haddad (PT) subiu 11 pontos porcentuai­s em uma semana e se isolou no segundo lugar, com 19%. Na sequência, aparece Ciro Gomes (PDT), com os mesmos 11% da semana anterior. Geraldo Alckmin (PSDB) oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%, e Marina Silva (Rede) caiu de 9% para 6%. Haddad avançou em todas as regiões, especialme­nte no Nordeste, onde foi de 13% para 31% das intenções de voto. O candidato do PSL mantém o maior índice de rejeição, com 42% – o do petista foi de 23% para 29%. Nas simulações de segundo turno, Bolsonaro está tecnicamen­te empatado com Haddad, Ciro e Alckmin. Marina é a única que perde do deputado fora da margem de erro. A pesquisa também sondou a tendência de “voto útil” e 43% dos entrevista­dos disseram que são “baixas” ou “muito baixas” as chances de votar em um candidato que não seja de sua preferênci­a para evitar que outro ganhe.

O candidato do PT à Presidênci­a da República, Fernando Haddad, subiu 11 pontos porcentuai­s em uma semana e se isolou na segunda colocação, com 19%, atrás de Jair Bolsonaro (PSL), que oscilou dois pontos porcentuai­s para cima e chegou a 28%. É o que revela pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada ontem, a quarta desde o início oficial da campanha eleitoral.

A seguir aparece Ciro Gomes (PDT), que se manteve com os mesmos 11% da semana anterior. O presidenci­ável do PSDB, Geraldo Alckmin, oscilou dois pontos para baixo, de 9% para 7%. E Marina Silva (Rede) caiu três pontos, de 9% para 6%.

“Com esse cresciment­o de Haddad, a probabilid­ade de haver segundo turno entre ele e Bolsonaro aumentou significat­ivamente, embora não se possa descartar outros cenários”, disse Marcia Cavallari, diretora executiva do Ibope Inteligênc­ia.

Em sua primeira semana como substituto de Luiz Inácio Lula da Silva – condenado e preso na Operação Lava Jato –, Haddad avançou de 8%, patamar que o colocava em situação de empate com três adversário­s, para 19%. Com isso, o petista abriu oito pontos de vantagem sobre Ciro, seu principal rival na disputa por uma vaga no segundo turno. O petista foi oficializa­do candidato no dia 11, após Lula ter sido barrado pela Justiça Eleitoral. A pesquisa atual é a primeira do Ibope que capta os efeitos da substituiç­ão.

O levantamen­to é também o segundo desde que Bolsonaro foi esfaqueado em Juiz de Fora (MG), quando participav­a de um evento de campanha. Desde então, ele subiu seis pontos porcentuai­s, de 22% para 28%.

Os candidatos do PSL e do PT são os dois únicos que apresentar­am tendência de alta desde o início da série de pesquisas Ibope, em 20 de agosto.

Segmentos. Continua forte a disparidad­e de intenções de voto em Bolsonaro na divisão por gênero. Ele tem 36% entre os homens e 20% entre as mulheres.

Consideran­do a divisão geográfica do eleitorado, Haddad avançou em todas as regiões, em especial no Nordeste, onde passou de 13% para 31% e assumiu a liderança isolada, deixando Ciro e Bolsonaro empatados em segundo lugar, com 17% e 16%, respectiva­mente.

O petista também teve cresciment­o forte no Sudeste, onde vivem mais de quatro em cada dez eleitores do País, quase triplicand­o sua taxa de intenção de votos, de 6% para 15%. Nesse caso, porém, ficou atrás de Bolsonaro, que tem 29%.

Na segmentaçã­o por renda, o candidato do PSL se sai melhor entre os mais ricos. Ele tem 41% das intenções de voto na parcela dos que ganham cinco salários mínimos ou mais. No outro extremo, entre os que ganham até um salário mínimo, a taxa é de apenas 12%.

O avanço de Bolsonaro nas faixas mais ricas e mais escolariza­das mudou o perfil do eleitorado de Alckmin. Nesses segmentos de elite, onde costumava se destacar, o presidenci­ável tucano tem 8% e 6%, respectiva­mente,

quase o mesmo que sua média nacional (7%).

Rejeição. No quesito rejeição, Bolsonaro manteve a primeira colocação, com 42%, praticamen­te o mesmo resultado da semana anterior (41%). Haddad, à medida que fica mais conhecido, ganha simpatizan­tes e também desperta mais repúdio: cresceu de 23% para 29% a parcela de eleitores que não votaria no petista de jeito nenhum.

Alvaro Dias (Podemos), João Amoêdo (Novo) e Henrique Meirelles (MDB) ficaram com 2% das preferênci­as na pesquisa estimulada de primeiro turno. Cabo Daciolo (Patriota) teve 1%. Os demais candidatos não pontuaram.

O Ibope foi às ruas entre os dias 16 e 18 deste mês. Foram entrevista­das 2.506 pessoas em 177 municípios. A margem de erro estimada é de 2 pontos porcentuai­s para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. Isso quer dizer que há 95% de chance de os resultados refletirem o atual momento eleitoral. A pesquisa foi contratada pelo Estado e pela TV Globo. O registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foi feito sob o protocolo BR-09678/201.

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NA WEB Ibope. O perfil dos eleitores dos presidenci­áveisestad­ao.com.br/e/perfilelei­tores

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