Leandro Karnal
Para ampliar sua capacidade de atender com mais agilidade às lojas e, sobretudo, ao seu e-commerce, empresa escolheu Extrema, em Minas Gerais
Eu, que sou ateu, e todos os religiosos temos o mesmo inimigo: o fundamentalista, que é inimigo de Deus e da ciência.
A rede de livrarias Saraiva anunciou ontem, 18, a instalação de um centro de distribuição em Extrema (MG). Terceiro da empresa, ele vai concentrar a operação de eletrônicos para as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Em Cajamar (SP), a Saraiva armazena produtos das categorias livros, música, filmes, softwares de multimídia, papelaria, periódicos, brinquedos educativos e o Lev, seu e-reader. Em Salvador (BA), eletrônicos.
A Saraiva tem 1 milhão de itens à venda em seu site e nas lojas físicas.
Em comunicado, a Saraiva diz que com o novo centro de distribuição ela reforça sua estratégia de aprimorar a experiência dos clientes e a integração entre as lojas físicas e o ecommerce. “Esse último tem apresentado um forte desempenho, que atingiu um crescimento de 32,5% nas vendas brutas no primeiro trimestre de 2018, totalizando 41,8% do total de vendas da empresa no período. No ano anterior, a Saraiva somou quase R$1,9 bilhão em vendas”, diz a empresa.
Nesse mesmo período, o desempenho das lojas físicas continuou em queda, segundo relatório divulgado em agosto – um problema que não é exclusivo da maior rede de livrarias do País e que preocupa os editores e livreiros.
Na segunda, 17, a Livraria Cultura, que comprou, há pouco mais de um ano, a operação da Fnac no Brasil, fechou a penúltima loja da rede francesa aqui: a da Avenida Paulista. Restou, por ora, a de Goiânia.
Ao lado da Saraiva, a Cultura também é protagonista da mais grave crise enfrentada pelo mercado editorial brasileiro. Sem pagar seus fornecedores, mesmo após refinanciar suas dívidas, elas arrastam junto boa parte das editoras do País. As duas são responsáveis por cerca de 40% do mercado.