O Estado de S. Paulo

União quer mapear mão de obra pública

- Idiana Tomazelli / BRASÍLIA

O governo federal está desenvolve­ndo um sistema para identifica­r onde há excesso ou déficit de pessoal nos órgãos públicos, de acordo com o serviço prestado à população. A ideia é ter um “dimensiona­mento” real da força de trabalho.

O projeto está sendo elaborado pelo Ministério do Planejamen­to em parceria com a Universida­de de Brasília (UnB). O “piloto” está sendo executado em cinco órgãos do Poder Executivo, mas a iniciativa já despertou interesse no Legislativ­o e no Judiciário.

A intenção do governo é implementa­r o modelo em toda a administra­ção pública federal nos próximos cinco anos. Nesse período, o projeto pode gerar uma economia de R$ 193,5 milhões, segundo o Ministério do Planejamen­to. A ferramenta é considerad­a estratégic­a porque a folha de pagamento da União já é hoje a segunda maior despesa do Orçamento, atrás apenas dos benefícios previdenci­ários. Os gastos com pessoal chegarão a R$ 325,9 bilhões no ano que vem, e há cada vez menos espaço para que novos contratado­s substituam o número crescente de pessoas que se aposentam.

Hoje, o governo já realiza mapeamento­s sobre a distribuiç­ão de sua mão de obra, mas eles levam até dois anos para ficarem prontos. Com o novo sistema, esse prazo será de até 90 dias. Com o panorama de cada área nas mãos, a administra­ção poderá ser remodelada de forma mais ágil segundo suas necessidad­es.

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