O Estado de S. Paulo

Palmeiras volta do Chile com um pé na semifinal

Vitória com autoridade sobre o Colo-Colo por 2 a 0, em Santiago, deixa time bem perto da vaga; em casa, poderá até perder por um gol de diferença

- Ciro Campos

Jogar fora de casa parece ser um prazer para o Palmeiras nesta Copa Libertador­es. A equipe conseguiu ontem, em Santiago, uma nova façanha como visitante ao bater o Colo-Colo por 2 a 0 pelo confronto de ida das quartas de final e agora poderá até se dar ao luxo de perder por um gol de diferença na sua arena, no dia 3, para voltar a ficar entre os quatro melhores da América do Sul depois de 17 anos.

O Palmeiras é um fenômeno como visitante no torneio. Foram cinco jogos e cinco vitórias, todas por no mínimo dois gols de diferença. No Chile, o time mesclou várias qualidades de quem sabe atuar fora dos seus domínios. Soube sofrer quando pressionad­o pelo Colo-Colo, foi letal no contra-ataque e quase não falhou. O ex-palmeirens­e Valdivia pouco incomodou.

O melhor visitante da Libertador­es não deu tempo para os chilenos sequer analisarem o jogo. Com dois minutos de partida a bola já estava na rede. O Palmeiras estava bem posicionad­o em campo, chegou à área com facilidade e trocou passes até Bruno Henrique fazer 1 a 0.

A desvantage­m obrigou o Colo-Colo a avançar. Pelo lado esquerdo palmeirens­e o time chegava com mais perigo, principalm­ente quando Valdivia organizava o jogo. O camisa 10 era vigiado, demonstrav­a motivação em enfrentar o ex-clube e, por ser parado algumas vezes com falta, conseguiu com que Bruno Henrique levasse um cartão amarelo no primeiro tempo.

O gol prematuro deixou o Palmeiras acomodado. O resultado estava bom, mas poderia melhorar se o time arriscasse mais. Havia espaço nos contra-ataques e a equipe teve três boas chances. Não aproveitou. O Colo-Colo se mostrava mais disposto para atacar e quase conseguiu o empate em bola parada pouco antes do intervalo.

A postura alviverde de esperar o adversário continuou no segundo tempo. O problema foi ver o Colo-Colo pressionar e por pouco não ser beneficiad­o por um pênalti, num lance em que o árbitro de vídeo (VAR) foi acionado e concluiu que o toque de mão na área não caracteriz­ou infração. Um susto grande para uma equipe que poderia estar mais tranquila se tivesse opções para sair para o jogo.

O Palmeiras quase levou um gol de Barrios, e reforçou a defesa quando fez as alterações. Um atacante deu lugar a um meia e um zagueiro a um volante. O time atraiu ainda mais o Colo-Colo para seu campo, mas continuava à espera do momento certo para definir o jogo.

Ele chegou aos 32 minutos, em contra-ataque puxado por Willian, que chutou ao gol e, no rebote, Dudu completou. Foi o golpe decisivo para o Colo-Colo diminuir a pressão.

A equipe alviverde construiu grande vantagem com a certeza de que, se for igualmente forte como mandante, será ainda mais candidata ao título. Nesta Libertador­es os dois únicos tropeços (empate e derrota) foram no Allianz Parque.

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CLAUDIO REYES/AFP Noite tranquila. Palmeiras obteve a quinta vitória em cinco jogos fora nesta Libertadpr­es
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