Caixa revisa estratégia de venda de 6 mil imóveis
ACaixa Econômica Federal está reavaliando sua estratégia para a venda de duas carteiras com cerca de 6 mil imóveis recuperados, já ofertadas sem sucesso a investidores especializados em ativos problemáticos. Uma alternativa possível é desistir de vender os imóveis no atacado, ou seja, em lotes, algo que a Caixa nunca havia feito antes. Desde agosto, o banco público já abriu duas vezes o processo formalmente em seu site, mas não atraiu propostas, apesar de os investidores estarem de olho no negócio desde fevereiro. O problema foi a exigência feita pela Caixa, de que as propostas considerassem um desconto máximo de 30% sobre o valor de avaliação das duas carteiras feitas pela própria instituição. Esse desconto, entretanto, foi considerado baixo pelos investidores. O banco havia avaliado o total dos ativos em R$ 1,2 bilhão.
Junto e misturado. Além disso, alguns potenciais compradores reclamaram que os lotes oferecidos pela Caixa envolviam imóveis muito distintos. Por isso, pedem para que o banco faça uma revisão nas futuras ofertas, separando unidades por critérios como região, tipologia e/ou valor. Apartamentos em Moema, por exemplo, têm uma demanda grande, mas terrenos em bairros periféricos não contam com o mesmo apelo.
Gigante. A Caixa tem mais de 40 mil imóveis recuperados após a execução de dívidas em todo o Brasil, entre casas, apartamentos, salas comerciais e terrenos. Esse estoque supera o que a cidade de São Paulo tem, atualmente, de residências novas à venda, que somam 18 mil. Procurada, a Caixa confirmou a revisão da estratégia e disse que avaliará internamente se fará novamente a oferta em lote e, enquanto isso, mantém a venda dos imóveis em varejo por meio do seu site.
Gringa. A Arco Educação, grupo de conteúdo e serviços de ensino, listará suas ações na bolsa americana Nasdaq no próximo dia 26. A empresa, que é dona da plataforma SAS Sistema de Ensino e da International School, sistema de ensino bilíngue, alcançou, segundo o retrato atual, demanda suficiente junto aos investidores. Os bancos coordenadores são Goldman Sachs, Morgan Stanley, Itaú BBA, Bank of America Merrill Lynch, BTG Pactual, UBS e Allen&Co. Essa será a segunda oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de uma empresa brasileira nos Estados Unidos neste ano. Em janeiro, a PagSeguro abriu seu capital na bolsa de Nova York, a Nyse. Procurada, a Arco não comentou.
Nicho. Dando sequência à sua estratégia de explorar mercados desassistidos pelo setor de cartões, a adquirente GetNet, do Santander Brasil, aposta agora nos escritórios de advocacia. Para elevar as transações em suas maquininhas junto a esse público, firmou uma parceria com a Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo (CAASP). Assim, os associados poderão receber os honorários advocatícios por meio de cartões de crédito e débito. O acordo foi oficializado após autorização da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-SP).
Livre. A quantidade de espaços vagos nos prédios corporativos de alto padrão na cidade de São Paulo teve um leve crescimento, de 22,9% para 23,3%, entre julho e agosto, segundo dados da consultoria imobiliária Cushman & Wakefield. Embora o mercado tenha voltado a mostrar um aquecimento no volume de locações nos últimos meses, o total de áreas disponíveis para comercialização cresceu no período, com a entrega de uma nova torre de 42 mil metros quadrados, como parte do empreendimento Parque da Cidade Corporate, na zona sul.
Mais prédios. A consultoria estima que São Paulo deve receber pelo menos mais dois novos edifícios até o final do ano nas regiões da Faria Lima e da Marginal Pinheiros. Esses prédios vão agregar um total de 33 mil metros quadrados de áreas locáveis ao estoque, pressionando negativamente a vacância e os valores de comercialização. No fim de agosto, os preços dos aluguéis fecharam em R$ 90,90 por metro quadrado.
Green. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) firmou hoje, com os bancos japoneses Japan Bank for International Cooperation (JBIC) e Mizuho Banke The Bank of Saga, um contrato de financiamento de US$ 100 milhões. O acordo ocorre no âmbito da linha Global Action for Reconciling Economic Growth and Environmental Preservation (Green), para o apoio de projetos voltados à preservação do meio ambiente global. Os recursos deverão ser aplicados pelo banco de fomento em projetos de sua carteira de energia eólica, sendo elegíveis também investimentos em geração de energia renovável por meio de outras fontes, como biomassa e solar.