Bolsonaro usa mandato para ‘fiscalizar’ LGBTs
Líder nas pesquisas, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) usou instrumentos a que tem direito como parlamentar para questionar governos sobre ações dirigidas ao público LGBT, medidas que contrariam militares e fatos ligados a petistas. Por Requerimento de Informação, pediu em 2017 explicação ao ministro da Educação sobre relatos de que homens transexuais usam banheiro feminino numa universidade federal. À Secretaria de Direitos Humanos questionou, em 2016, sobre gasto com conferências de políticas públicas para LGBTs e idosos.
» Canal. O Requerimento de Informação é o principal instrumento do Legislativo para fiscalizar o Executivo. É eficaz porque a Constituição obriga os ministros a se manifestar em 30 dias sob pena de responderem por crime de responsabilidade. » Meu público. Em 28 anos de mandato, Bolsonaro, que é capitão reformado, apresentou 94 requerimentos. Em 2016, pediu explicações sobre a obrigatoriedade de teste psicológico para manter o porte de armas de militares da reserva. » Na mira. Em 2005, Bolsonaro perguntou à Defesa se José Dirceu foi registrado no Exército como atirador. Em 2016, quis saber sobre viagens de Dilma Rousseff à Venezuela, a Cuba e ao Uruguai. Procurada, a campanha do PSL não retornou.
» Legítima defesa. Michel Temer disse a aliados que só fará novos vídeos da série #faleaverdade quando atacado. Ele já reagiu a críticas das campanhas de Geraldo Alckmin, João Doria e Fernando Haddad. Ainda tem esperanças de manter boa relação com o sucessor. » Reforço. Acompanhando a distância a campanha de Ciro Gomes, Mangabeira Unger foi escalado para participar de reuniões com eleitores indecisos ao lado do marqueteiro do presidenciável. Já participou de uma agenda no Rio e, semana que vem, vai a Florianópolis.
» Retrovisor. O entorno de Marina Silva acha que ela tem mais a perder do que a ganhar em escolher um lado, caso não chegue ao 2.º turno. Lembram que ela responde até hoje por ter optado por Aécio Neves em 2014.
» Passo... A PF decide hoje se há necessidade de instaurar novo inquérito para apurar o atentado a Bolsonaro. O atual foca em autoria, materialidade e circunstâncias.
» ...a passo. Se a decisão for por relatar o inquérito em curso, outro será aberto para analisar informações que demandem colaboração de outros órgãos, o que pode levar mais tempo, mas não muito, garantem investigadores. » Anota aí. Um delegado resume a apuração: “A verdade às vezes é menos interessante que as teorias”.
» Mais um. A defesa de Lula anexou ao processo de partilha de bens dele e de dona Marisa certificado de cadastro de imóvel rural vizinho ao sítio Los Fubangos, no ABC paulista, como sendo do petista, mas que está em nome de outra pessoa. » Deu nó. Advogados de Lula dizem que não sabem explicar por que a propriedade está registrada como sendo de Henrique Cuzziol, conforme a própria defesa informou à Justiça em outubro, nem quem ele é.