Especialista vê migração e atração superior à do metrô
Especialistas consideram que a bike elétrica é o modal com mais capacidade de fazer o usuário deixar o carro. “Tem mais atratividade que o metrô, o transporte público por excelência, pois proporciona uma comodidade semelhante à do automóvel particular. Essa migração começa a despertar atenção. São ciclistas iniciantes, que pedalavam pouco ou quase nada, se movimentavam com o carro”, comenta o cicloativista e blogueiro do ‘Estado’ Alex Gomes. Já o ciclista cotidiano não é atraído. “Seja por preconceito ou porque não vê necessidade.”
Fabricantes e revendedores registram um aumento da procura. A Vela, por exemplo, de projeto e fabricação nacionais, começou na área em 2015, inicialmente para um grupo de 80 pessoas que anunciaram interesse em um financiamento coletivo no ano anterior. Em junho, já estava entregando 50 por mês e deve chegar ao fim de 2018 com 120 por mês.
O engenheiro mecânico Victor Hugo Cruz, de 29 anos, fundador da start up, conta que ele está sempre aquém da demanda. Diante da alta procura, conseguiu um novo financiamento para ampliar a produção.
Segundo Henrique Ribeiro, CEO da Sense Bike, o consumidor da bicicleta elétrica tem acima de 30 anos e está em geral alinhado ao compromisso com a mobilidade urbana. Neste ano, ainda houve explosão de venda com a greve dos caminhoneiros e a falta de gasolina nos postos. “Pela primeira vez, ficamos sem estoque.”