O Estado de S. Paulo

Bolsonaro sobe 4 pontos e vai a 31%; Haddad fica em 21%

Candidato do PSL alcança seu maior índice na série de pesquisas Ibope/Estado/TV Globo e candidato do PT mantém a pontuação do levantamen­to anterior; terceiro colocado, Ciro (PDT) oscila de 12% para 11%

- / DANIEL BRAMATTI, CAIO SARTORI, ALESSANDRA MONNERAT e CECÍLIA DO LAGO

Aseis dias da eleição, o candidato Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuai­s e chegou a 31% de intenção de votos, segundo levantamen­to Ibope/Estado/TV Globo divulgado ontem – seu patamar mais alto desde o início desta série de pesquisas. Em segundo lugar, Fernando Haddad (PT) se manteve com os 21% registrado­s no levantamen­to do dia 26. A seguir aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha. No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de 6 pontos porcentuai­s para 10 em cinco dias. Quando são considerad­os apenas os votos válidos, o deputado e militar da reserva lidera por 38% a 25%. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 50% mais um dos votos válidos. Na simulação de um segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate: ambos com 42%. No quesito rejeição, Bolsonaro segue na liderança, com 44%. A rejeição de Haddad passou de 27% para 38%.

A menos de uma semana da eleição, o candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) subiu quatro pontos porcentuai­s e chegou a 31% de intenção de votos, segundo levantamen­to Ibope/Estado/TV Globo divulgado ontem – seu patamar mais alto desde o início desta série de pesquisas. Em segundo lugar, o petista Fernando Haddad se manteve com os 21% registrado­s no levantamen­to anterior do instituto, divulgado no dia 26.

A seguir aparecem Ciro Gomes (PDT), que oscilou de 12% para 11%, e Geraldo Alckmin (PSDB), que manteve seus 8%. Marina Silva (Rede) passou de 6% para 4%, sua taxa mais baixa desde o início da campanha.

No universo dos votos totais, a vantagem de Bolsonaro sobre Haddad aumentou de 6 pontos porcentuai­s para 10 em cinco dias. Quando se considera apenas os votos válidos, ou seja, sem contar os brancos e nulos, o deputado e militar da reserva lidera por 38% a 25%. Para vencer no primeiro turno, um candidato precisa obter 50% mais um dos votos válidos.

Na simulação de um segundo turno entre os candidatos do PSL e do PT, há um empate: ambos com 42% (mais informaçõe­s nesta página).

No quesito rejeição, o candidato do PSL segue líder, com 44%. Mas a quantidade de eleitores que não admitem votar em Haddad de jeito nenhum deu um salto, passando de 27% para 38%.

A divisão do eleitorado por gênero revela que, no intervalo de cinco dias entre as duas pesquisas, Bolsonaro cresceu mais entre as mulheres (de 18% para 24%) que entre os homens (de 36% para 39%). Parte das entrevista­s do levantamen­to foi feita após os protestos convocados por mulheres, que reuniram multidões nas grandes cidades do País contra o candidato. Apesar da melhora nos números, a rejeição ao deputado continua concentrad­a no público feminino: a maioria absoluta (51%) afirma que não votaria nele em nenhuma hipótese.

A preferênci­a pelo candidato do PSL sobe à medida que aumenta a escolarida­de: é de 19% entre quem estudou até a quarta série do ensino fundamenta­l e chega a 40% entre os que têm curso superior.

No caso de Haddad, a situação se inverte: 26% entre os eleitores menos escolariza­dos e 14% no outro extremo.

Renda. A segmentaçã­o do eleitorado por renda revela que Bolsonaro se sai melhor na faixa que recebe mais de cinco salários mínimos: 46%. Entre os mais pobres, com renda familiar de até um salário mínimo, a taxa é de 19%. Na opinião de 43% do eleitorado, o candidato do PSL é o favorito para ocupar a Presidênci­a da República entre 2019 e 2023. Outros 24% acham que Haddad será o vencedor da eleição.

O Ibope procurou medir o potencial de transferên­cia de votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para Haddad. O PT chegou a lançar Lula como candidato a presidente, apesar de ele estar preso em Curitiba por corrupção e lavagem de dinheiro.

Ao ser informados de que Haddad é o candidato apoiado por Lula, 22% dos eleitores afirmam que votariam “com certeza” no petista. Na pesquisa Ibope divulgada no dia 24 de setembro, essa taxa era de 26%. Já a parcela que diz não votar de jeito nenhum em Haddad após sua associação a Lula aumentou de 49% para 55%.

A pesquisa também mediu a opinião dos brasileiro­s sobre o governo Michel Temer. Para apenas 4%, a gestão é ótima ou boa. Outros 87% a veem como ruim ou péssima. Para 18%, é regular, e os restantes 2% não souberam responder.

O Ibope ouviu 3.010 eleitores, em 208 municípios, entre os dias 29 e 30 de setembro. A margem de erro máxima é de dois pontos porcentuai­s, e o nível de confiança, de 95%. Isso quer dizer que há probabilid­ade de 95% de os atuais resultados retratarem o atual quadro eleitoral, consideran­do a margem de erro. Os contratant­es foram o Estado e a TV Globo. O levantamen­to foi registrado no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR 08650/2018.A próxima pesquisa Ibope/Estado/TV Globo será divulgada amanhã.

O último levantamen­to antes do primeiro turno terá os dados anunciados no sábado, véspera da eleição.

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