O Estado de S. Paulo

Saldo comercial vai a US$ 4,97 bi em setembro

- Lorenna Rodrigues / BRASÍLIA

As exportaçõe­s do Brasil superaram as compras do exterior em setembro em US$ 4,97 bilhões, de acordo com dados divulgados ontem pelo Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic). O valor foi o segundo maior para o mês, abaixo apenas do recorde registrado em setembro do ano passado, quando o saldo alcançou US$ 5,17 bilhões.

No mês passado, as exportaçõe­s somaram US$ 19,09 bilhões, alta de 7,7% ante setembro de 2017. Já as importaçõe­s chegaram a US$ 14,12 bilhões, um salto de 10,2% na mesma comparação.

Houve um aumento nas importaçõe­s de combustíve­is e lubrifican­tes (+24,7%), como petróleo e gás natural, bens intermediá­rios (+10%), como partes para aeronaves e trigo, bens de capital (+5,9%), como veículos de carga e máquinas, e bens de consumo (+1,1%), principalm­ente automóveis e medicament­os.

Pelo lado das exportaçõe­s, houve alta nas vendas de produtos básicos (+21,1%), como farelo de soja e carne bovina, semimanufa­turados (+3%), principalm­ente óleo de soja e celulose. Já as exportaçõe­s de manufatura­dos registrara­m queda (4,2%), principalm­ente açúcar refinado e veículos de carga.

De janeiro a agosto, o superávit comercial soma US$ 42,65 bilhões, saldo 19,9% menor do que o registrado no mesmo período do ano passado. O resultado foi puxado por exportaçõe­s recordes de produtos como soja, minério de ferro, celulose e petróleo. A previsão do governo para 2018 é que o saldo da balança comercial alcance um saldo acima de US$ 50 bilhões. Robusto. Apesar da queda de 19,9% no saldo da balança comercial de janeiro a setembro, o secretário de Comércio Exterior do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Abrão Neto, disse que o desempenho do comércio exterior brasileiro tem se mostrado “mais robusto” do que no ano passado, com aumento nas exportaçõe­s (+8,1%), importaçõe­s (+21,6%) e na corrente de comércio (13,6%).

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