O Estado de S. Paulo

‘O que será, que será...’

- SOM A PINO ROBERTA MARTINELLI E-MAIL: ROBERTA.MARTINELLI@ESTADAO.COM

Que semana esta que estamos passando. Domingo é dia do primeiro turno das eleições. Fiquei pensando em mil coisas que gostaria de escrever nessa coluna, mas a verdade é que não tenho vontade de falar de mais nada, só disso. Sou dessas que discutem mesmo na vida e nas redes. Faço, pois acredito muito e como minha coluna é de música escolhi algumas que serão ideais para o nosso momento. Assim continuo falando de canção, mas falo de Brasil e falo do nosso momento que é tão decisivo. Vamos lá! Coragem, sorte e coração para todas e todos nós! Em épocas de crise tivemos momentos artísticos muito criativos. Prefiro a criativida­de sem tantos problemas, mesmo! E acho que vai rolar... Mas para começar essa coluna de hoje vou com uma música do Gilberto Gil de 1968, do disco que leva o nome dele, Coragem Pra Suportar. Essa música é um mantra (ideal para o nosso momento) com arranjo de Rogério Duprat: “Tem que viver pra ter, coragem pra suportar, e somente plantar coragem pra suportar...”. Começando com coragem seguimos com uma música do novo disco do Paulinho Moska que não sei porque não está tocando em todas as rádios do Brasil. O disco chama Beleza e Medo e a música Nenhum Direito a Menos – uma parceria dele com Carlos Rennó – cujo refrão reproduzo aqui: “Nesse momento de gritante retrocesso / De um temerário e incompeten­te mau congresso / Em que poderes ainda mais podres que antes / Põem em liquidação direitos importante­s / Eu quero diante desses homens tão obscenos / Poder gritar de coração e peito plenos: não quero mais nenhum direito a menos”. É isso! Nenhum direito a menos é apenas o ponto de partida na luta por tantos direitos que ainda temos de conquistar. Importante não esquecer nesse momento desse hino entoado por Johnny Hooker e Liniker chamado Flutua: “Um novo tempo há de vencer / Pra que a gente possa florescer / E, baby, amar sem temer / Eles não vão vencer, baby, nada há de ser em vão pois ninguém vai poder, querer nos dizer como amar...”. E nessa lista que poderia ser muito maior do que será aqui eu tenho que colocar a música As Caravanas do Chico Buarque (dentre tantas canções dele que poderiam estar aqui), pois em várias discussões e diante de argumentos absurdos eu só penso que “A culpa deve ser do sol que bate na moleira, o sol que estoura as veias, o suor que embaça os olhos e a razão”. Essas são só algumas, mas nessa lista também estão Ana Cañas com Respeita, Francisco, el Hombre com Triste, Louca ou Má, Douglas Germano com Cansaço, Erasmo Carlos com Gente Aberta, e tantas outras. Qual a sua sugestão? Tem alguma? Me manda no e-mail que vou adorar e boa eleição para nós. Coragem!

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POLYGRAM Gilberto Gil. 1968-2018
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