Dicas certeiras para quem pensa em estudar fora
Viajar, por si só, já é um aprendizado. Imagina então quando a gente sai do País com esse propósito. Ok, sabemos que o dólar está mais alto do que o tio do pavê no Natal com a família, mas com planejamento (e talvez algum parcelamento) é possível estudar fora sim.
Estamos em plena temporada das feiras de intercâmbio, mas, antes de mais nada, vale lembrar que estudar no exterior há muito tempo deixou de ser algo focado para adolescentes ou para quem tem longos períodos livres. Há programas para todas as idades, todos os níveis de aprendizado, outros idiomas além do inglês... Não à toa o setor registrou, no último ano, aumento de 23% de estudantes brasileiros, segundo a Belta, entidade que reúne empresas especializadas no Brasil.
Fazer a escolha certa antes de ir é a melhor forma de economizar – tempo, dinheiro e paciência. Vem comigo:
Para onde ir? Não é só a passagem aérea e o curso que pesam no bolso: transporte e custo de vida também impactam diretamente na sua escolha. Assim, grandes cidades sempre vão representar custos maiores do que cidades pequenas. Entre os países mais baratos para aprender inglês estão o Canadá (o mais procurado por brasileiros) e a África do Sul. Ambos têm boas escolas, baixo custo de vida e ótimo custo-benefício. Para o espanhol, a vizinha Argentina se destaca.
Hospedagem. Ficar em casa de família é mais barato, até porque inclui uma ou duas refeições ao dia. É ótima pedida para os jovens (afinal, deixa os pais mais tranquilos). Residência estudantil oferece mais liberdade, mas demanda mais gastos com comida – vamos falar a verdade, você realmente vai cozinhar todos os dias? Dependendo do tempo que o intercambista vai ficar na cidade, pode valer a pena passar um mês em casa de família e, uma vez no destino, se juntar com outros estudantes para alugar um apartamento. A localização é importante: usar transporte todos os dias representará gastos extras.
ESCOLHAS ••• Cidades pequenas têm custo de vida mais baixo
Quanto tempo? A maior parte das escolas de idiomas oferece novas turmas toda a semana. Quando chega, o estudante faz um teste para verificar seu nível e definir em que turma vai entrar. Sendo assim, dá até para fazer uma semana de curso, mas não é o melhor custo-benefício. Logicamente, quanto mais tempo, melhor – mas duas semanas já oferecem bons resultados de aprendizado.
No entanto, se você pode tirar 30 dias de férias, quatro semanas é o ideal. Esse período equivale, de modos gerais, a um semestre inteiro de aula no Brasil. Com a diferença de vivenciar o idioma no dia a dia – confie em mim, você vai perceber o avanço, especialmente na própria confiança. Outra vantagem é não precisar tirar um visto especial, o que representaria ainda mais gastos. E, nos fins de semana, dá para fazer bate-voltas a cidades próximas.
Já quem vai para cursos de longa duração, como extensão, graduação ou pós, precisa se atentar ao calendário escolar do país. Nos Estados Unidos, por exemplo, costuma começar entre agosto e setembro. Na Europa, agosto é mês de férias, o que cria cursos extras, mas também aumenta os custos de passagem e hospedagem, já que se trata de alta temporada.
Planejamento. Quanto mais tempo de planejamento, menos você estará vulnerável às oscilações de câmbio. Pesquisando em plataformas como Kayak, Skyscanner ou Voopter, dá para criar um alerta: o aplicativo avisa quando o preço da passagem aérea baixar. E ainda dá para parcelar. Com tempo, é possível comprar moeda mês a mês – mas, para longos períodos (especialmente para quem vai mandar os filhos para estudar), vale a pena fazer um cartão pré-pago, que pode ser recarregado – fique ligado no IOF. As principais agências de intercâmbio costumam oferecer condições especiais (como preços melhores para pagamento à vista, câmbio congelado ou parcelamento), e é mais fácil aproveitar as ofertas se você não tiver pressa.