O Estado de S. Paulo

Em Quebec, aventure-se além da muralha

Fora da área histórica da cidade – e facilmente acessível de bicicleta ou ônibus – há bairros descolados, parques e até uma cachoeira

- Calvin Woodward / AP QUEBEC

É o que está dentro da histórica muralha de Quebec, do século 17, que traz as pessoas à cidade. Mas o que está fora dessa região, eleita patrimônio da Unesco, faz as pessoas quererem passar mais tempo por ali. Quem se restringe apenas à área da Antiga Quebec perde a oportunida­de de descobrir bairros descolados e paisagens inesquecív­eis, tudo com acesso fácil graças à ampla rede de transporte­s, das sempre presentes ciclovias ou mesmo dirigindo por um curto período. Outra vantagem: fora da área mais turística, a hospedagem é mais em conta.

Cascata de Montmorenc­y Montcalm Arts District Expressões artísticas québécois e do cenário internacio­nal se encontram no Museu Nacional de Belas Artes (mbam.qc.ca), localizado na parte mais alta do espaço histórico das Planícies de Abraão – hoje, uma ampla área verde. No verão, o parque recebe concertos grátis como o Festival d’Été, que dura 11 dias e, neste ano, reuniu músicos como Neil Young e Dave Matthews Band. A região ainda é repleta de galerias, livrarias, pubs convidativ­os e postes decorados com reproduçõe­s de obras famosas que estão no museu. Limoilou e Promenade Samuel-de-Champlain Com áreas para pedestres e bicicletas, a promenade se estende por 50 quilômetro­s, de Quebec City Bridges até o oeste da Cascata de Montmorenc­y. Passa ainda pela área do Porto Antigo, com sua feira de produtores locais (no próximo ano, se mudará para um espaço mais amplo no bairro de Limoilou) e grandes galpões que, à noite, são iluminados com luzes que imitam a aurora boreal. Limoilou, aliás, é um daqueles distritos em plena transforma­ção, que a cada dia ganham novos cafés, restaurant­es e lojas. Uma antiga igreja deu lugar à escola de acrobacia circense, uma tradição da província de Quebec – afinal, ali nasceu o Cirque du Soleil. Saint-roch Vias suspensas normalment­e não são nada atraentes. Mas quem entra no distrito de Saint-Roch a partir do Porto Antigo cruza uma passagem repleta de lindos grafites (muito parecido com o espaço sob o Minhocão, em São Paulo), projeto criado para dar espaço à arte de rua. Hospedar-se em Saint-Roch significa estar no centro da vida noturna de Quebec e a poucos (e íngremes) passos da agitada Rue St-Paul e da região de Upper Town. Uma opção é subir pelo elevador da Faubourg, uma simpática cafeteria com ótimas tortas de pecã.

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CAL WOODWARD/AP Montmorenc­y. Tirolesa e escalada na cachoeira

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