Rejeição a petista e a candidato do PSL permanece elevada
Enquanto 42% dizem que não votariam em Bolsonaro, 37% rejeitam Haddad; dado é fundamental para definição em um segundo turno
Os dois primeiros colocados na disputa à Presidência ocupam as mesmas posições no quesito rejeição: 42% dos eleitores dizem que não votariam de jeito nenhum em Jair Bolsonaro (PSL) e 37% se recusam a escolher Fernando Haddad (PT).
A rejeição ao candidato petista vinha crescendo à medida que ele passou a ser conhecido do eleitorado durante a campanha. Na primeira pesquisa do instituto em que apareceu como candidato, em 18 de setembro, ele era rejeitado por 29%. Em relação ao levantamento anterior, de segunda-feira, ele oscilou um ponto para baixo. Ou seja, foi rompida a tendência de alta na rejeição do petista.
Jair Bolsonaro (PSL), por sua vez, tem conseguido diminuir gradualmente sua rejeição, que chegou a ser de 46% em 24 de setembro e agora está em 42%, mesmo patamar que tinha em 18 de setembro. Nas duas pesquisas anteriores à de hoje, ele aparecia com 44%.
O índice de rejeição é essencial para a viabilidade de um candidato no segundo turno – que, nas eleições deste ano, caminha para ser disputado entre Haddad e Bolsonaro.
O petista só foi oficializado como candidato em 11 de setembro, após o indeferimento da candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no âmbito da Operação Lava Jato e preso em Curitiba desde abril.
Nos últimos dias, Haddad tem sido alvo de ataques por parte dos adversários, que tentam surfar a onda do antipetismo – atualmente, 36% dos entrevistados pelo Ibope dizem que não votariam de jeito nenhum no PT. Ele atribuiu o resultado nas pesquisas a ataques do PSDB e a notícias falsas que teriam sido difundidas por partidários de Bolsonaro.
Os índices de rejeição de Ciro Gomes (PDT), Geraldo Alckmin (PSDB) e Marina Silva (Rede) oscilaram dentro da margem de erro. O candidato pedetista foi de 18% a 16%. O mesmo movimento foi registrado pelo presidenciável tucano, que foi de 19% a 17%. O índice de Marina também é dois pontos menor e está em 23% — a menor taxa de rejeição registrada por ela desde o dia 5 de setembro.
Em seguida, aparecem Henrique Meirelles (MDB), com 10%; Cabo Daciolo (Patriotas), com 9%; Alvaro Dias (Podemos), Guilherme Boulos (PSOL), Eymael (DC) e Vera (PSTU), com 8%; João Amoêdo, 7%; e João Goulart Filho (PPL), 6%. Entre os entrevistados, 7% disseram que poderiam votar em qualquer candidato e 6% não souberam ou preferiram não responder.
A pesquisa foi realizada entre segunda-feira e terça-feira (dias 1.º e 2). O levantamento anterior do instituto havia sido feito no fim de semana (dias 29 e 30). No levantamento divulgado ontem, foram entrevistados 3.010 votantes de 209 municípios. A margem de erro máxima estimada é de dois pontos porcentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra. O número de registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) é BR 08245/2018.