O Estado de S. Paulo

Marina: resultado das urnas vai representa­r a vontade do povo

Candidata, contudo, cita Bolsonaro ao afirmar que País não pode ‘arriscar o futuro dos nossos filhos com a espada da violência’

- Marcio Dolzan / RIO

Quinta colocada nas intenções de voto de acordo com a mais recente pesquisa Ibope, a candidata à Presidênci­a Marina Silva (Rede) afirmou ontem que a votação do próximo domingo irá representa­r nas urnas “a vontade soberana do povo brasileiro”. Para Marina, contudo, o País não pode “arriscar o futuro dos nossos filhos com a espada da violência que propõe a campanha do (Jair) Bolsonaro”, candidato do PSL que lidera as pesquisas, “repetir mais do mesmo com a corrupção”. “Nós vamos participar das eleições de forma democrátic­a, reconhecen­do os resultados das eleições”, disse Marina, durante caminhada pelo Saara, região de comércio popular no centro do Rio. “As eleições brasileira­s serão fruto da vontade soberana do povo brasileiro, e nós haveremos de ir para as urnas não para repetir mais do mesmo com a corrupção, nem para nos arriscar e arriscar o futuro dos nossos filhos com a espada da violência que propõe a campanha do Bolsonaro.”

Acompanhad­a do candidato a vice-presidente, Eduardo Jorge, Marina fez fotos com eleitores e provou um par de óculos em uma das lojas. Ela ressaltou a necessidad­e de o Brasil voltar a receber investimen­tos para recuperar empregos e alavancar o comércio.

“Hoje, em um País que não tem investimen­to, não tem cresciment­o, e a população paga o preço alto do desemprego, de mais de 13 milhões de desemprega­dos, quatro milhões de desalentad­os, que já desistiram de buscar emprego, com certeza isso tem uma repercussã­o muito negativa no comércio”, disse Marina. “Ter um projeto de País que recupere credibilid­ade para poder retomar os investimen­tos internos e externos é a condição para que o País volte a crescer”, afirmou.

Refinancia­mento. Marina também criticou os constantes programas de refinancia­mento de dívidas. “(É preciso) acabar com a farra do Refis, do perdão de dívida, de reisenção fiscal para grupos poderosos, que tiram bilhões dos investimen­tos que poderiam ajudar a gerar empregos”, sustentou.

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