‘Hora de o Cruzeiro correr riscos’, diz Mano
Técnico comanda o time hoje, diante do Boca Juniors, em Minas, precisando reverter a derrota por 2 a 0 na ida
O Cruzeiro define hoje, às 21h45, no Mineirão, uma vaga nas semifinais da Libertadores, em duelo com o Boca Juniors. Se acontecer, seria histórico.
Derrotado por 2 a 0 no confronto de ida, na mítica La Bombonera, o time terá o Mineirão ao seu lado e a formação mais forte que o técnico Mano Menezes poderia mandar a campo.
A boa notícia para o técnico é o retorno de Arrascaeta. O meia uruguaio se recuperou de lesão muscular, que o afastou dos gramados por cerca de 20 dias e o tirou da partida de ida, em Buenos Aires, e está à disposição.
No último fim de semana, ele atuou por 20 minutos na derrota para o Palmeiras, pelo Brasileiro, e mostrou falta de ritmo. Se Mano optar por deixá-lo no banco, Rafinha joga. A tendência, porém, é que o uruguaio seja titular, assim como Thiago Neves, que acusou dores musculares no primeiro jogo.
“Os dois atletas estão prontos. O quanto cada um vai jogar, vai depender do que precisamos fazer. São jogadores decisivos. Estamos felizes em contar com os dois. Felizes por contar com todos”, apontou o treinador. “É a hora de correr riscos”.
Outro importante reforço estará na zaga cruzeirense. Após a expulsão injusta no segundo tempo da derrota por 2 a 0 para o Boca, Dedé teve a suspensão automática de uma partida revista pela Conmebol e poderá ajudar seu time hoje. O cartão vermelho dado a Dedé foi o ápice de um confronto nervoso e polêmico, no qual o Boca foi superior ao Cruzeiro nos 90 minutos. Para reverter o péssimo cenário, o time mineiro terá de mostrar muito mais futebol e atacar mais, justamente seu ponto falho na temporada.
Os números mostram que o ataque do Cruzeiro tem decepcionado. Afinal, no Brasileiro foram 22 gols marcados em 27 jogos – segunda pior marca da competição, ao lado do Ceará. Para compensar a deficiência, a torcida promete fazer sua parte e lotar o Mineirão. O Cruzeiro tem de devolver o placar para levar a decisão aos pênaltis.
Do outro lado, porém, tem um rival dos mais acostumados à pressão. Hexacampeão da Libertadores, o Boca luta pelo sétimo título, que o igualaria ao Independiente como maiores vencedores do torneio. Em seu currículo, o time de Buenos Aires ainda possui uma extensa história de eliminações de brasileiros. O próprio Cruzeiro sofreu com o rival em 2008, quando caiu nas oitavas de final.
Ocorre que o Boca tem problemas. O técnico Guillermo Barros Schelotto não poderá contar com o lateral-direito Leonardo Jara e o atacante Benedetto, lesionados. No setor defensivo, ele deverá escalar o ex-são-paulino Buffarini. Já no ataque, Sebastian Villa deve ser o escolhido, enquanto Ramon Ábila e Carlitos Tevez ficarão como opções no banco