O Estado de S. Paulo

Bradesco abre fundos de previdênci­a para terceiros

- COM LETÍCIA FUCUCHIMA

OBradesco passará a permitir a atuação de terceiros na sua área de previdênci­a privada. O banco anuncia hoje a quebra do monopólio de sua gestora, a BRAM, na gestão dos fundos. Os primeiros parceiros já foram selecionad­os e incluem nomes como Ibiúna, Trust, Vinci Partners e SPX. Além desses, há negociaçõe­s com outras gestoras. A ideia, conforme o diretor presidente da Bradesco Vida e Previdênci­a, Jorge Nasser, é ter de oito a dez parceiros à escolha do cliente, além da BRAM. A estratégia aberta nos fundos de previdênci­a estará disponível, em um primeiro momento, ao público de alta renda, no segmento private, mas a ideia é expandir a possibilid­ade aos demais clientes. Assim, toda a base do Bradesco poderá passar em breve a ter mais de um gestor no seu plano de previdênci­a privada.

» Multiuso. Além de abrir o leque de gestores, o Bradesco está apostando em uma nova família de fundos de previdênci­a baseada em multiestra­tégias e uma classe variada de ativos. Funcionará como o aplicativo de mobilidade Waze. O investidor define seu estilo se moderado, dinâmico ou arrojado e o banco dá o caminho das pedras. Nas primeiras ofertas do portfólio, o banco já arrecadou mais de R$ 150 milhões. Carteiras atuais podem ser revisitada­s sem custo ao investidor. Todos os fundos já nascem sem taxa de carregamen­to na entrada, movimento que o Bradesco iniciou em novembro de 2017, e, a partir desta semana, também estão isentos desse pedágio na saída.

» No, no, no. O banco digital Agibank está recusando a abertura de novas contas para pessoas jurídicas. A explicação da instituiçã­o é de que

seu sistema para os microempre­endedores (MEIs) está sendo aperfeiçoa­do, o que afetou a abertura de contas de pessoas jurídicas. A suspensão é por tempo indetermin­ado. Com isso, saem ganhando os concorrent­es digitais, que estão capturando as contas que, desde o dia 26 de setembro, são recusadas. Até mesmo alguns pedidos de abertura de contas PJ feitas antes dessa data estão sendo prejudicad­os.

» Meteórico. Até junho, o banco tinha 266 mil contas, número expressiva­mente superior às 42 mil de junho do ano passado. O Agibank fechou o segundo trimestre com lucro líquido de R$ 48 milhões, pouco acima do dobro do mesmo período de 2017. Procurado, o Agibank confirmou a suspensão e disse que os clientes serão informados oportuname­nte sobre eventuais alterações de procedimen­tos.

» Mais lento. A consultori­a PwC Américas registrou, no ano fiscal encerrado em 30 de junho, uma receita de US$ 17,4 milhões, 4% acima do mesmo período do ano passado. O cresciment­o foi inferior ao global, que subiu 10%, a US$ 41,3 milhões, marcando 21 anos consecutiv­os de alta nas receitas.

» Vai melhorar. Para o Brasil, a expectativ­a da PWC é de cresciment­o econômico a partir de 2019, “independen­temente do resultado das urnas”, por conta da redução das incertezas associadas às decisões de investimen­to.

» Fiéis. A Dotz, programa de fidelidade por coalizão do varejo brasileiro, ganhou 800 mil clientes na Grande São Paulo com a entrada em duas redes de supermerca­dos: Hirota Food Express e Grupo Chama. Somados aos clientes paulistas que a empresa já tinha em bancos e na plataforma online, a base da Dotz alcançou 2,2 milhões nos primeiros seis meses de pré-lançamento das operações na maior cidade do País.

» Vem mais por aí. Para a primeira etapa, a Dotz investiu perto de R$ 3 milhões. Ainda serão aportados R$ 27 milhões em marketing, tecnologia e experiênci­a com clientes até março de 2019 para completar o lançamento da praça paulista, a 13ª de atuação da Dotz no varejo físico.

» Mais e maior. A Faros Investimen­tos, atualmente o maior escritório de agentes autônomos vinculado à XP Investimen­tos, tem planos para ser ainda maior. Vai inaugurar novos escritório­s em São Paulo e no Rio de Janeiro, onde ocupará o dobro do espaço atual.

» Visita ilustre. Para não deixar dúvidas sobre a importânci­a do escritório, os sócios Samy Botsman e Felipe Bichara receberão no evento de inauguraçã­o, em outubro, Guilherme Benchimol, presidente da XP. Com R$ 5,5 bilhões sob administra­ção, a Faros é focada no público de alta renda. A meta é aumentar o volume de ativos para R$ 15 bilhões até 2020. Já os profission­ais devem subir de 45 para 80 no mesmo período.

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NILTON FUKUDA / ESTADÃO - 11/5/2018
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SAMY BOTSMAN
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MARCIO RODRIGUES/ESTADÃO

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