Esquina Mocotó só até domingo
Cozinha autoral do chef Rodrigo Oliveira na zona norte, o Esquina Mocotó fez 5 anos sendo um dos 13 restaurantes de São Paulo classificados com uma estrela Michelin e um dos 8 brasileiros na lista do 50 Best América Latina. Ainda assim, vai servir suas últimas refeições no almoço deste domingo.
A decisão foi dolorosa, admite Rodrigo, “o ano foi de bastante reflexão”. Mas, mesmo com o sucesso de crítica, o restaurante não acumulava sucesso de público equivalente, tendo preços abaixo da média da capital para o padrão da casa, mas altos para a zona norte. “A gente percebeu que a Vila Medeiros não precisa de um restaurante uma estrela Michelin. Foi libertador ver isso.” Com a abertura do Balaio na Avenida Paulista, em setembro passado, o chef viu o público do Esquina ir menos à zona norte. E diz que foi no fim de 2017 que começou a pensar em fechar. Ele adianta que não fundirá cardápios. O imóvel do Esquina vai abrigar uma nova casa, que por enquanto está sendo chamada de Rolê. O cardápio já está sendo estudado e deve ser autoral com foco em vegetais. E surgem criações como dadinho de cereais e macadâmia, tostada de cará e xis-língua. O Rolê deve ter também música e outras expressões artísticas. Emicida, que assinava a trilha sonora da casa, vai criar o uniforme do novo negócio. A fachada está sendo estudada pelo artista Ricardo Kaur, e a casa deve abrir no primeiro semestre de 2019.
Depois do Mercado de Pinheiros e do shopping D, foi a vez de o Mercado da Cantareira (o Mercadão) ganhar uma unidade do Mocotó Café, inaugurada há 15 dias. E o Mocotó estreou delivery nesta semana: tem entregas pelo app iFood e embalagens com imagens do mural da casa feito pelo que o mexicano Felipe Ehrenberg. O raio de entrega é de 4,5 km, mas pode se estender em breve.
“Se tem momento bom para fechar, é no auge. Situação mais delicada seria se estivéssemos abaixo da crítica” Rodrigo Oliveira Chef do Mocotó e do Balaio