Eleições e participação
Às vésperas das eleições, temos dois presidenciáveis no topo das pesquisas: um que se diz salvador da pátria, embora seu isolamento terapêutico o tenha poupado de esclarecer como o fará, dados os seus medíocres mandatos legislativos e a total inexperiência em gestão pública; o outro navega embarcado numa nau capitaneada por um condenado encarcerado, que ecoa para seus seguidores o ritmo dos remos buscando impulso para romper as ondas da ordem institucional da Nação, prática que seu passageiro, se eleito, indica que vai continuar. Diante dessas candidaturas desanimadoras, torna-se oportuno refletir sobre como chegamos a este caos. Uma das razões é nosso persistente comportamento omissivo, sempre responsabilizando o “outro” pelo que fará, fez ou deixou de fazer. Outra é achar que é suficiente sair às ruas de quando em quando carregando faixas e bandeiras e depois se vangloriar disso como participação, não percebendo que esse comportamento eventual não altera nada e na maioria das vezes é usado pelo oportunista de plantão, como se está vendo nestas eleições. Por fim, temos de nos conscientizar de que a solução é a participação constante, seja na rua, no bairro, na cidade, na escola de nossos filhos, na crítica e cobrança pelos atos dos gestores e legisladores. Ou exercemos plenamente nossa soberania e nosso poder de cidadãos, ou estamos fadados a enterrar o futuro de nossos filhos e de gerações vindouras. HONYLDO R. PEREIRA PINTO honyldo@gmail.com
Ribeirão Preto