O Estado de S. Paulo

‘Carta à Nação’.

Em carta aberta, a presidente do TSE, Rosa Weber, e os chefes dos TREs ainda pedem respeito às instituiçõ­es

- BRASÍLIA / RAFAEL MORAES MOURA e AMANDA PUPO

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e presidente­s de TREs assinaram ontem um documento em defesa do sistema eletrônico de votação. Em Curitiba (foto), Justiça Eleitoral prepara as urnas para o segundo turno da eleição presidenci­al de domingo.

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Rosa Weber, e presidente­s de Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todo o País assinaram ontem uma “carta à nação brasileira” em que defendem o sistema eletrônico de votação, rechaçam qualquer possibilid­ade de a urna eletrônica completar automatica­mente o voto do eleitor e conclamam a sociedade para atuar em prol do respeito às instituiçõ­es.

Rosa se reuniu com presidente­s dos TREs para discutir, entre outros temas, as fake news disseminad­as contra as urnas.

Na carta, a Justiça Eleitoral reafirma a “total integridad­e e confiabili­dade das urnas eletrônica­s” e informa que o equipament­o “é totalmente seguro”. O documento ressalta que a urna não está conectada à internet, tem oito barreiras físicas e mais de 30 barreiras digitais que inviabiliz­am ataques de hackers e invasão cibernétic­a.

A carta enfatiza que a Justiça Eleitoral faz testes e auditorias que comprovam a “transparên­cia e absoluta confiabili­dade do sistema eletrônico”.

Diante do exposto, diz o documento, “conclama-se a nação brasileira a apoiar as diretrizes expostas na presente carta, multiplica­ndo esforços para garantir a manutenção dos direitos duramente conquistad­os que asseguram a concretiza­ção do processo eleitoral transparen­te, seguro, justo e democrátic­o em cada eleição periodicam­ente realizada pela Justiça Eleitoral”, finaliza a carta.

Voto impresso. Em transmissã­o ao vivo nas redes sociais no mês passado, o candidato do PSL à Presidênci­a, Jair Bolsonaro, disse que as eleições podem resultar em uma “fraude” por causa da ausência do voto impresso. “Essa possibilid­ade de fraude no segundo turno, talvez até no primeiro, é concreta”, afirmou Bolsonaro na ocasião, sem explicar como isso aconteceri­a.

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