BMG protocola pedido para abrir capital na Bolsa.
A expectativa é que a oferta pública movimente entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão; ideia seria fazer o IPO após fim do período eleitoral
O banco mineiro BMG, da família Pentagna Guimarães, protocolou pedido de registro de companhia aberta na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), conforme antecipou na semana passada a ‘Coluna do Broadcast’. A solicitação, segundo informações do órgão regulador, inclui oferta pública de distribuição de valores mobiliários concomitante. O prospecto, contudo, ainda não está disponível no site da CVM.
A abertura de capital da instituição mineira é esperada para movimentar entre R$ 1 bilhão e R$ 1,5 bilhão, avaliando o banco em quase R$ 5 bilhões. Nos bastidores, contudo, o BMG tem sinalizado que quer bem mais, de acordo com fontes de mercado.
Sua ideia é emplacar o IPO após as eleições no Brasil, independentemente do resultado das urnas neste fim de semana. Os recursos serão utilizados para o BMG dar sequência ao seu plano de expansão, que visa a posicioná-lo como um banco digital.
Na coordenação da oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) do BMG, estão os bancos Itaú BBA, JPMorgan, Brasil Plural, XP Investimentos e, mais recentemente, o grupo passou a contar com Citi e Banco do Brasil.
Resultado. O banco mineiro viu seu lucro líquido recorrente saltar 201,5% no terceiro trimestre deste ano, totalizando R$ 77 milhões ante mesmo intervalo
de 2017, quando foi de R$ 25 milhões. Ao fim do terceiro trimestre, somava R$ 16,959 bilhões em ativos totais e R$ 2,757 bilhões de patrimônio líquido.
O banco mineiro é líder no mercado de cartão de crédito consignado, com mais de 65% de market share, e ocupa ainda a posição de sexto maior emissor de cartões de crédito entre as instituições financeiras.
No mês passado, o banco anunciou que vai reforçar sua atuação no mercado de meios eletrônicos de pagamento com a compra de 65% da Pago Cartões, empresa brasileira de tecnologia, especializada no segmento, e que agora se chama Granito. Com a aquisição, o BMG passa a atender ao mercado de micros e pequenos varejistas, oferecendo soluções customizadas aos clientes.
O BMG, que no passado teve uma joint venture em crédito consignado com o Itaú Unibanco, foi fundado há quase 90 anos por Antônio Mourão Guimarães.