Candidatos têm o mesmo discurso para a vitória
Antagônicos na disputa presidencial, Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) planejam um discurso no mesmo tom caso vençam a eleição deste domingo. Os dois candidatos vão defender a unidade do País como algo imprescindível para enfrentar sobretudo a crise econômica. “Pode ter certeza que vamos falar isso”, disse na sexta o capitão reformado e líder das pesquisas a uma rádio da Paraíba. Por outro lado, o pronunciamento da derrota também traz pontos em comum: quem perder a eleição vai automaticamente se colocar na oposição.
Ele começou.
A porta de saída para o discurso da unidade nas duas campanhas será o de que apenas reagiram a provocações. Aliados de Bolsonaro brincam que o discurso dele, caso vença, será na linha de “desarmar os adversários”.
Pressa.
Haddad acompanhará a apuração dos votos em um hotel em São Paulo. Quer sinalizar de imediato a construção de pontes porque acredita que, se ganhar, será por uma diferença apertada de votos.
Tchau, PT.
O presidente licenciado do PSL, deputado federal eleito Luciano Bivar (PE), calcula que a bancada da sigla na Câmara passará dos 60 deputados a partir de 1.º de fevereiro. Com isso, desbancaria o PT, que elegeu 56, tornando-se o maior partido da Casa.
Vamos ver.
Para não perder sua posição no ranking para o PSL, os petistas também vão buscar filiar deputados de siglas que não alcançaram a cláusula. Não poderão contar com o PCdoB. “Zero hipótese de fusão”, diz Orlando Silva.
Fui.
No Senado, o trocatroca deve começar antes mesmo da posse dos eleitos, em fevereiro. Eleito pela Rede, o delegado Alessandro Vieira já avisou ao partido que está de malas prontas para o PPS. A sigla de Marina Silva não atingiu a cláusula de barreira.
De fora.
Se vencer a eleição, Bolsonaro vai nomear um nome do mercado na presidência do Banco do Brasil. O candidato tem dito que é “coisa de petista” colocar funcionário da casa na presidência. A ordem é tornar a instituição mais competitiva.
Lupa.
O triplex de mil metros quadrados que pertenceria a Teodoro Obiang, vice-presidente da Guiné Equatorial, foi comprado pela Nova Forma Soluções Imobiliárias S/A por R$ 15,19 milhões. Desde 2008, a firma tem três offshores como sócias, delas, uma nos EUA e outra na Suíça.
Pelo mundo.
As acionistas são: Olek Services INC, Mojo Trade & Investments e Iscorp Institutional Investors Services. A força-tarefa da Lava Jato em São Paulo investiga suposto crime de lavagem de dinheiro cometido por Obiang no Brasil.
Palanque.
Dos líderes nas pesquisas para os governos estaduais – em SP há empate –, nove apoiam Bolsonaro e dois Haddad. Outros quatro são neutros.
Panela de pressão.
A segurança pública em Roraima preocupa o Planalto. A crise será um problema que o presidente eleito terá de enfrentar ainda durante o atual governo Temer.