O Estado de S. Paulo

‘Aécio não fará parte do meu governo, ele foi eleito deputado’

O tucano Anastasia promete ‘gestão técnica’ para saldar as dívidas e recuperar as finanças do Estado

- / J.C.

Após governar Minas entre 2010 e 2014, Antonio Anastasia (PSDB) pretende fazer uma nova gestão que recupere as finanças do Estado e salde as dívidas, principalm­ente com os municípios.

• O sr. foi governador entre 2010 e 2014. Qual será a diferença desta nova gestão, caso seja eleito?

Será uma administra­ção totalmente técnica, aproveitan­do bons quadros efetivos que o Estado possui, com secretário­s de origem técnica. E vamos basear nossas políticas públicas nos ciclos da vida, com programas destinados a infância, adolescênc­ia, juventude, idade adulta e idosos. Se adotarmos esse modelo inovador, vamos economizar, otimizar recursos, melhorar a gestão e a prestação dos serviços públicos.

• Falou-se durante a campanha sobre uma possível interferên­cia do senador Aécio Neves em seu governo caso o sr. seja eleito. Como avalia esses comentário­s?

Meu adversário diz que gostaria de discutir propostas, mas parece fissurado no Aécio. O senador Aécio Neves, como já repeti reiteradas vezes, não fará parte do meu governo. Nem ele nem ninguém de sua família. Aécio foi eleito deputado federal e deverá cumprir seu papel no Congresso Nacional.

• Um dos maiores problemas de Minas é a crise econômica, já que o Estado vem acumulando consecutiv­os déficits. Quais medidas o sr. pretende tomar para resolver a crise?

Diferentem­ente do meu adversário, que propõe privatizar o atendiment­o na Saúde, nossas primeiras iniciativa­s serão normalizar os repasses dessa área para os municípios.” Antonio Anastasia CANDIDATO DO PSDB

Teremos duas frentes de ação com o objetivo de reduzir despesas e aumentar receita. Na redução das despesas, vamos cortar secretaria­s de forma drástica, teremos 12 pastas, sem compromete­r o atendiment­o em áreas prioritári­as como Educação, Saúde e Segurança. Vamos cortar cargos comissiona­dos e desperdíci­os. De forma concomitan­te, vamos sentar para renegociar as dívidas, resgatar a credibilid­ade que Minas perdeu.

• As propostas para a Saúde estiveram no centro dos debates. O que o sr. pretende fazer para essa área?

Diferentem­ente do meu adversário, que propõe privatizar o atendiment­o na Saúde, nossas primeiras iniciativa­s serão normalizar os repasses dessa área para os municípios. O Sistema Único de Saúde foi concebido para funcionar em um tripé, com recursos da União, dos Estados e dos municípios. A quase totalidade da execução é feita pelos municípios. Ao deixar de transferir os recursos, a dívida hoje do Estado com as prefeitura­s nessa área é de cerca de R$ 4 bilhões, uma perna do tripé desaparece­u. Já assumi também o compromiss­o de somente iniciar novas obras após finalizar aquelas que estão paradas. Nessa lógica, os hospitais regionais são prioritári­os.

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