O Estado de S. Paulo

‘Primeiro ano não pode ser estágio para governar’

Tucano Eduardo Leite quer levar principais projetos para aprovação na Assembleia ainda no primeiro semestre

- / F.S.

O ex-prefeito de Pelotas Eduardo Leite (PSDB) quer mostrar “novidade com experiênci­a” para ganhar o eleitorado. Ele pretende enfrentar a crise renegocian­do os atuais termos do Regime de Recuperaçã­o Fiscal e aposta no desenvolvi­mento do Estado como saída. No plano nacional, declarou apoio “com ressalvas” a Jair Bolsonaro (PSL). A seguir, os principais trechos da entrevista:

• O sr. diz que é a favor do Regime de Recuperaçã­o Fiscal, mas em outros termos. Quais?

A questão da recuperaçã­o é como vai ser aproveitad­a essa janela de oportunida­de para gerar receita que dê fôlego para voltar a cumprir compromiss­os sem colapsar as contas. E há pontos que merecem ser reanalisad­os. O principal é o incremento de efetivo na Segurança. A simples reposição de cargos vagos não será suficiente para vencer a criminalid­ade.

• Muita gente tem de sair de sua cidade para ter atendiment­o médico. O que pretende fazer para melhorar o acesso à Saúde?

Ajustar o pagamento para prefeitura­s, que estão com repasses atrasados. E os hospitais filantrópi­cos também têm tido atrasos no pagamento, o que faz com que se fechem leitos e suspendam serviços. Promover uma revisão das referência­s regionais de acordo com o perfil epidemioló­gico de cada região, para aproximar o atendiment­o de saúde.

• O sr. diz que pretende colocar o salário do funcionali­smo em dia no primeiro ano. Como?

Ações de reestrutur­ação da máquina vão nos permitir a contenção de despesas. Até mesmo dentro do custo da folha de pagamento dos servidores,

Declarei voto no Bolsonaro e não deixei de fazer as ressalvas aos pontos que eu acho que merecem, especialme­nte no que diz respeito à convivênci­a pacífica entre as pessoas.” Eduardo Leite

CANDIDATO DO PSDB

com a revisão e reestrutur­ação de planos de carreira, que acabam produzindo um cresciment­o vegetativo que beneficia alguns em detrimento da grande massa dos servidores.

• O governador Sartori sofreu para aprovar alguma medidas na Assembleia contra a crise fiscal. O sr. acredita que consegue essas aprovações?

Estamos confiantes que sim. Vamos usar o processo de transição como momento de refinament­o da plataforma e dos projetos, para que no primeiro semestre de 2019 possamos levar os projetos mais importante­s para a Assembleia. O primeiro ano não pode ser um estágio para aprender a governar.

O sr. declarou apoio a Jair Bolsonaro com “ressalvas”.

Declarei voto no Bolsonaro e não deixei de fazer as ressalvas e as críticas aos pontos que eu acho que merecem, especialme­nte no que diz respeito à convivênci­a pacífica entre as pessoas.

Quais são suas propostas para a Segurança?

Vamos melhorar a articulaçã­o entre as polícias, fazer parcerias com os municípios na área da prevenção que unam assistênci­a social, educação e saúde. E estudamos a criação de uma Secretaria de Administra­ção Penitenciá­ria.

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