O Estado de S. Paulo

‘Não se pode usar dificuldad­es dos servidores para demagogia’

Governador candidato à reeleição, José Ivo Sartori diz ter enfrentado bloqueios por priorizar o pagamento da folha

- / F. S.

Com o Estado atravessan­do uma grave crise, José Ivo Sartori (MDB) aposta em ajuda federal, via Regime de Recuperaçã­o Fiscal. Com o slogan “o gringo tá certo” e forte apoio ao presidenci­ável Jair Bolsonaro (PSL), o emedebista tenta ser o primeiro governador reeleito do Rio Grande do Sul. A seguir os principais trechos da entrevista:

O Ideb do Ensino Médio gaúcho está estagnado em 3,4 e abaixo da média nacional. Como o sr. pretende melhorar a educação no Estado?

É um problema nacional. Isso envolve a melhoria do ambiente escolar e a qualificaç­ão permanente do professor. Vamos focar na melhoria do aprendizad­o em português e matemática – e queremos ampliar as parcerias, especialme­nte para o ensino médio.

• Quais são suas propostas para melhorar o acesso à saúde para a população?

Ampliar a cobertura da população com os programas de saúde e ampliar a atenção básica e as parcerias com os municípios, intensific­ando a regionaliz­ação do atendiment­o de média e alta complexida­de para que as pessoas sejam atendidas na região em que vivem. Aperfeiçoa­r as ferramenta­s para qualificaç­ão de gestores, os sistemas tecnológic­os de suporte e diagnóstic­o epidemioló­gico e avaliação da resolução das ações na saúde.

Nos últimos anos, a população gaúcha se viu com medo em razão do aumento da criminalid­ade. Como o sr. pretende combater a violência?

Os índices de criminalid­ade começaram a cair no Rio Grande do Sul, embora ainda estejam longe de um patamar ideal. Fizemos o maior concurso da história, compramos carros potentes, coletes à prova de balas e equipament­os. Abrimos vagas prisionais por meio da permuta por imóveis do Estado. A grande mudança está no SIM (Sistema de Segurança Integrada com os Municípios), que já conta com mais de 400 cidades. Vamos ampliar a instalação de câmeras e centrais regionais de videomonit­oramento, para concluir o cercamento eletrônico do Estado. Mas alerto: o aqueciment­o da economia e a mudança das leis penais são dois fatores fundamenta­is para a diminuição da criminalid­ade em todo o País.

• O funcionali­smo recebe seus vencimento­s de forma parcelada há mais de 30 meses. Qual a sua proposta para pagar os servidores em dia?

Junto ao Regime de Recuperaçã­o Fiscal, vamos continuar arrumando a casa e promovendo o desenvolvi­mento. O parcelamen­to não é uma decisão política. É resultado de problemas estruturai­s históricos que estamos corrigindo. Sempre priorizamo­s o pagamento dos servidores. Sofremos, inclusive, o bloqueio de recursos federais por escolher pagar o funcionali­smo em vez de quitar a parcela mensal da dívida com a União. Nossa meta é voltar a pagar em dia a partir da recuperaçã­o financeira. Não se pode usar as dificuldad­es dos servidores para demagogia eleitoreir­a.

O aqueciment­o da economia e a mudança das leis penais são dois fatores fundamenta­is para a diminuição da criminalid­ade em todo o País.” José Ivo Sartori CANDIDATO DO MDB

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