O Estado de S. Paulo

Emprego cresce, mas na informalid­ade

Taxa estava em 12,4% no 2º trimestre; a maior parte das vagas geradas é informal e ainda há 12,5 milhões de desemprega­dos, informa o IBGE

- Daniela Amorim / RIO

O mercado de trabalho mostrou melhora no terceiro trimestre, mas a geração de vagas permanece concentrad­a na informalid­ade, segundo o IBGE. A taxa de desemprego recuou de 12,4% no segundo trimestre para 11,9% no terceiro, graças à geração de 1,384 milhão de vagas, embora apenas 138 mil delas com carteira assinada no setor privado. O porcentual de trabalhado­res que contribuem para a Previdênci­a Social caiu.

O mercado de trabalho mostrou melhora no terceiro trimestre, mas a geração de vagas permanece concentrad­a na informalid­ade, com prejuízos à arrecadaçã­o da Previdênci­a Social. A taxa de desemprego recuou de 12,4% no segundo trimestre para 11,9% no terceiro trimestre, graças à geração de 1,384 milhão de vagas, embora apenas 138 mil delas com carteira assinada no setor privado, informou ontem o IBGE.

“Temos motivos para comemorar, esse 1,4 milhão (de vagas), mas temos motivos para ficar preocupado­s, porque a qualidade do emprego continua em queda”, observou Cimar Azeredo, coordenado­r de Trabalho e Rendimento do IBGE. “Ainda restam 12,5 milhões de pessoas em situação de desocupaçã­o no território brasileiro. E essa geração de vagas tem parte expressiva voltada para ocupações caracteriz­adas pela informalid­ade”, completou.

No trimestre encerrado em setembro, foram criadas 522 mil vagas sem carteira assinada no setor privado e 432 mil pessoas passaram a trabalhar por conta própria, sendo 299 mil delas sem CNPJ (Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica).

“O cenário é de uma recuperaçã­o lenta e gradual do emprego, muito aquém do que a gente gostaria, totalmente contaminad­a pela atividade econômica mais devagar do que a gente imaginava”, resumiu o economista Fernando de Holanda Barbosa Filho, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV).

No fim do ano que vem o brasileiro ainda estará convivendo com taxas de desemprego elevadas, previu o economista-chefe da consultori­a MB Associados, Sérgio Vale: “Em dezembro de 2019 estaremos falando em taxa de desemprego de dois dígitos, mesmo que haja um cresciment­o forte da economia.”

No trimestre encerrado em setembro, faltava trabalho para 27,321 milhões de pessoas. O total de pessoas subocupada­s por insuficiên­cia de horas trabalhada­s alcançou o recorde de 6,859 milhões de indivíduos.

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