Parcerias bem-sucedidas
Ainda no campo de políticas públicas na oncologia, outro destaque é o trabalho conduzido pela Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale), que tem como propósito ampliar o acesso aos tratamentos corretos e melhorar os desfechos dos procedimentos para os cânceres de sangue no Brasil. E o diálogo tem sido o caminho. “Para que isso aconteça, é crucial ter o envolvimento da sociedade com os gestores públicos, responsáveis pela regulamentação e pelo controle da saúde no País. Para o governo é importante saber como as necessidades dos pacientes estão sendo atendidas; para nós, interessa que as suas decisões levem em conta o que será melhor para esses indivíduos”, diz Merula Steagall, presidente da Abrale. “Nossa proposta é a defesa de direitos dessas pessoas; educação, inclusive para médicos e profissionais da saúde; coleta, organização e monitoramento de dados. Nossos projetos buscam resolver questões que de fato são importantes para os indivíduos e o propósito coletivo.” Todas as mobilizações realizadas pelas entidades têm rendido ótimos frutos e feito escola, inclusive entre profissionais da saúde. “Com a ajuda dessas organizações, conseguimos ter acesso a particularidades dos locais onde elas atuam, que muitas vezes não são notadas em nível nacional, e aprendemos o caminho das pedras para fazer as solicitações serem ouvidas”, acredita o oncologista Gilberto Amorim.