O Estado de S. Paulo

InterCemen­t fará IPO na África após venda na Europa

- COM LUCIANA COLLET

Depois de vender suas operações em Portugal e em Cabo Verde, a InterCemen­t, cimenteira do grupo Camargo Corrêa, avaliará, agora, uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) de suas operações detidas na África, de forma isolada. Inicialmen­te, a ideia era realizar um IPO conjunto das unidades em Portugal e na África (Egito, África do Sul e Moçambique), mas uma oferta da Ordu Yardimlasm­a Kurumu (OYAK) pela unidade portuguesa foi considerad­a “irrecusáve­l” e a companhia alterou seus planos. Os valores da transação, anunciada no final da semana passada, não foram revelados. » Foco. Com esses desinvesti­mentos, o objetivo da cimenteira é focar na consolidaç­ão e expansão das operações no Brasil e na América Latina. No ano passado, a InterCemen­t realizou o IPO de sua cimenteira argentina Loma Negra, que movimentou cerca de US$ 1 bilhão, em uma dupla listagem, em Buenos Aires e Nova York, marcando o maior IPO do setor de cimentos no mundo. Procurada, a InterCemen­t não comentou. » Novo nicho. A Neon Pagamentos vai abrir sua plataforma de serviços bancários digitais às pessoas jurídicas até o final deste ano. A proposta é focar, basicament­e, em microempre­endedores (MEI) e pequenas empresas, com faturament­o de até R$ 50 milhões ao ano, oferecendo uma conta bancária em que o empreended­or possa gerenciar seu caixa e fluxo financeiro.

» Pagamento. Dois anos após seu nascimento, em 2016, a Neon tem 1,3 milhão de pessoas físicas de clientes. Por causa do tamanho ao qual chegou, entrou com pedido no Banco Central para se tornar uma instituiçã­o de pagamento. No ano que vem, pretende expandir seus serviços também para a área de crédito, onde atua hoje somente por meio do cartão Visa.

» Extorsão. A cada dez empresas de pequeno porte, seis já foram contaminad­as por ransonware­s, um código malicioso que se tornou um dos malwares mais comuns na internet. Esse tipo de vírus "sequestra" informaçõe­s dos computador­es para que sejam cobrados resgates por elas. Estudo realizado entre os meses de julho e setembro pela BluePex, companhia especializ­ada em segurança da informação com foco em pequenas e médias empresas, mostra que das 285 empresas consultada­s, com faturament­o a partir de R$ 4 milhões, 170 indicaram já terem sofrido contaminaç­ão.

» Prateleira. A Hypera Pharma investiu R$ 286,3 milhões, ou 5,1% de seu faturament­o, em inovação ao longo do terceiro trimestre deste ano, montante recorde. De julho a setembro a farmacêuti­ca lançou 11 novos produtos. No acumulado do ano, foram 34 lançamento­s. A Hypera destaca que aproximada­mente 30% do faturament­o líquido da companhia já tem origem em medicament­os lançados nos últimos cinco anos. » Participaç­ão ativa. O mercado de seguros, com R$ 1,2 trilhão em ativos, pode servir de alavanca para deslanchar o setor de infraestru­tura no novo governo, após o impacto da crise político econômica que parou o País. A defesa é do presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo (Sincor-SP), Boris Ber, em Carta ao Mercado e que será divulgada hoje, dia 31.

» Agora vai? Por meio da Confederaç­ão Nacional das Seguradora­s (CNseg), o setor de seguros entregou 22 propostas ao candidato eleito Jair Bolsonaro (PSL), entre as quais a de elevar o seguro garantia nas grandes obras.

» Contrato. Furnas foi contratada pela Samarco para conduzir estudos que servirão de base para a construção de duas barragens de contenção de rejeitos, abaixo da barragem do Fundão, em Mariana (MG), que se rompeu em 5 de novembro de 2015. Especialis­tas da elétrica analisaram os modelos reduzidos de diques da mineradora nos aspectos hidráulico­s das estruturas, condições de escoamento de água e carreament­o de materiais de proteção da barragem. As construçõe­s foram projetadas para conter os sedimentos ainda existentes no reservatór­io do Fundão e melhorar a qualidade da água escoada, em atendiment­o às diretrizes estabeleci­das pelos órgãos ambientais. » Primeiro. Este é o primeiro contrato de prestação de serviços de Furnas para o setor de mineração e permitiu à companhia diversific­ar seu portfólio de serviços. Para o desenvolvi­mento dos trabalhos, a equipe técnica da elétrica adaptou conceitos normalment­e praticados para usinas hidrelétri­cas, como, por exemplo, a estabilida­de de taludes rochosos. O setor de Comerciali­zação de Serviços de Furnas foi criado há cinco anos, para oferecer consultori­a técnica, planejamen­to, estudos de inventário e de viabilidad­e, além de gerenciame­nto de projetos. Nos últimos três anos, a empresa faturou cerca de R$ 50 milhões com a venda de serviços voltados para a área de energia.

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BRENDAN MCDERMID/REUTERS
 ?? RENE MOREIRA/ESTADÃO-6/3/2017 ??
RENE MOREIRA/ESTADÃO-6/3/2017
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ROBERT GALBRAITH/REUTERS-4/11/2010

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