Bolsa chega ao maior nível em 7 meses com planos de Bolsonaro
Bovespa encerra sessão em alta de 3,69% aos 86.885 pontos, maior índice desde 12 de março; dólar cai 0,26%
Embalados por perspectivas positivas com a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), o Ibovespa encerrou ontem em alta, revertendo a queda do dia anterior, e o dólar à vista voltou a cair. As declarações do economista Paulo Guedes, apontado como superministro da Economia de Bolsonaro, deram ânimo ao mercado. Guedes defendeu a aprovação da reforma da Previdência ainda este ano e a independência do Banco Central.
O cenário externo mais favorável também ajudou reanimou os operadores de mercado. O principal índice da Bolsa encerrou com alta de 3,69%, aos 86.885,71 pontos, maior nível desde 12 de março, e o dólar à vista, que chegou a operar em alta durante boa parte da sessão de ontem, fechou em baixa de 0,26%, a R$ 3,69.
A alta da Bolsa de São Paulo respondeu a uma combinação de fatores internos e externos. Lá fora, o restabelecimento do apetite por risco impulsionou as bolsas de Nova York e a maioria dos índices emergentes. Por aqui, foram as sinalizações de Paulo Guedes.
Segundo operadores ouvidos pelo Estadão/Broadcast, os maiores compradores de ações foram fundos locais multimercados. Os estrangeiros, que já retiraram mais de R$ 6 bilhões da Bolsa em outubro, atuaram tanto na compra quanto na venda. No caso deles, há relatos de que a estratégia consistiu em vender ações com valorização mais expressiva no acumulado de outubro para comprar papéis com maior potencial de alta nas próximas semanas.
Apetite ao risco. Para Álvaro Frasson, economista e analista da Spinelli Corretora, com o ambiente externo mais propício ao risco, o investidor estrangeiro pode ter migrado recursos aplicados no Brasil, enquanto aguardava o desfecho da eleição presidencial: “O estrangeiro vai ser um pouco mais cético do que o investidor nacional. Há uma diferença de postura entre eles. O estrangeiro vai esperar fatos mais concretos.”/
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