O Estado de S. Paulo

Volkswagen Caminhões abrirá novo turno de trabalho no Rio.

Empresa iniciará em dezembro segundo turno de trabalho na linha de produção de caminhões de grande porte

- Cleide Silva

A Volkswagen Caminhões e Ônibus vai iniciar, em dezembro, um segundo turno parcial na fábrica de Resende (RJ). Para isso, abriu 350 vagas para ampliar a produção de caminhões de grande porte, usados principalm­ente no agronegóci­o

A montadora e os fornecedor­es de peças que operam dentro do complexo chegaram a trabalhar em três turnos (24 horas ininterrup­tas) em 2012 e 2013, depois reduziram para dois no início da crise econômica e desde 2015 operam só em um turno.

“Por enquanto o segundo turno é para a linha de caminhões extrapesad­os, mas também vamos ampliar a produção dos demais modelos”, disse o presidente da Volkswagen Caminhões e Ônibus, Roberto Cortes.

O anúncio foi feito ontem a sindicalis­tas de Resende que se reuniu em São Paulo com Cortes e com o presidente mundial do Grupo Traton, Andreas Renschler, que veio ao Brasil para uma série de reuniões. Traton é a nova denominaçã­o para o grupo que reúne globalment­e as marcas de veículos pesados Volkswagen, Scania e MAN.

A fábrica tem hoje 3,5 mil funcionári­os. Antes da crise eram 6,5 mil. “Em 2012 produzimos 70 mil veículos e, este ano, produzirem­os 35 mil”, disse Cortes. O executivo ressaltou que o mercado total de caminhões deve crescer 50% neste ano e “mais dois dígitos” em 2019.

Na semana passada a Volkswagen do Brasil também anunciou retomada do segundo turno na fábrica de automóveis de São José dos Pinhais (PR) para iniciar a produção do utilitário T-Cross. Para isso, a montadora vai convocar 500 funcionári­os que estão em com contratos suspensos (lay-off).

Eleição. Em visita de um dia ao Brasil, Renschler ressaltou estar “otimista” com a eleição “democrátic­a” de Jair Bolsonaro para a Presidênci­a. “O povo quer um reinício após muitos anos de crise política e econômica.”

A empresa, segundo ele, continua apostando no País por acreditar ser um mercado atraente. O grupo vai investir R$ 1 bilhão entre 2017 e 2021.

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TIAGO QUEIROZ/ESTADÃO Aposta. Renschler (E) e Cortes: aporte de R$ 1 bi até 2021

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