O Estado de S. Paulo

Amigos criam solução de logística para comércios online

✽ ESTAGIÁRIO SOB SUPERVISÃO DO EDITOR DE SUPLEMENTO­S, DANIEL FERNANDES.

- Mateus Apud* JOÃO CRISTOFOLI­NI/PEGAKI

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que o e-commerce brasileiro deve crescer 15% este ano em relação à 2017, com faturament­o previsto de R$ 69 bilhões. O levantamen­to também mostra que o setor esbarra em problemas na entrega e devolução de produtos, dependente, muitas vezes, dos Correios. Neste cenário, os amigos João Cristofoli­ni, Daniel Frantz e Ismael Costa detectaram uma oportunida­de de empreender nesta área e criaram a Pegaki, empresa que cria uma rede de pontos físicos de retirada e devolução de mercadoria­s compradas via e-commerce.

“A ideia surgiu em 2016, coma

“Temos pontos de entrega que ficam abertos além do horário comercial e aos sábados e domingos” João Cristofoli­ni, fundador e CEO da Pegaki

dor de um de nossos sócios, que na época tinha um e-commerce e sofria com problemas nas entregas. Nos unimos para estudar a solução. Conhecemos então o modelo de pick-up point. Fizemos um teste com o e-commerce dele em alguns pontos de Blumenau (SC). Deu certo, e no mesmo ano fomos acelerados e abrimos a empresa”, diz o CEO da Pegaki, João Cristofoli­ni.

O modelo pick-up point, segundo ele, é bastante conhecido nos EUA, Europa e Ásia e se beneficiad­a economia compartilh­ada, coma criação de pontos de retirada e devolução de produtos instalados em espaços ociosos dentro de comércios locais credenciad­os, como supermerca­dos, lavanderia­s e lojas.

“Temos pontos que ficam abertos além do horário comercial e também aos sábados e domingos.” Cristofoli­ni conta que um dos desafios que enfrenta é vencer o receio de varejistas, que resistem à se cadastrar para fazer parte da rede, pois temem, como dizem, recebera concorrênc­ia dentro de seus estabeleci­mentos. Os lojistas que se tornam um ponto ganham de R $1,50 aR $2,50 por encomenda retirada. Hoje, são cerca de 500 no País e a empresa pretende alcançar 3 mil pontos até 2019.

“O modelo é bom para todos. O varejista ocupa o espaço ocioso e gera movimento. O cliente pode escolher o local onde receber o produto. E o e-commerce tem mais uma forma de distribuir seus produtos”, diz.

A Pegaki tem grandes clientes, como a Dafiti, e registrou 30 mil entregas no último mês. Com 50% da operação concentrad­a no Rio e São Paulo, tem o objetivo de, até 2020, estar em todas as capitais do País. A startup já recebeu mais de R$ 1,6 milhão em investimen­to.

“Nosso foco está em grandes e-commerces de moda, bebidas, livros e cosméticos”, diz.

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Sócios. João Cristofoli­ni, Daniel Frantz e Ismael Costa

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