O Estado de S. Paulo

Classe A também é sedã

Nova versão do modelo da Mercedes-Benz chega ao Brasil no ano que vem

- Diego Ortiz diego.ortiz@estadao.com SEATTLE, EUA

Aatual geração do Classe A pode ser um marco na gama de sua montadora. É a primeira vez que a letra A parece realmente fazer parte da família Mercedes-Benz, e não ser um primo distante que chegou e foi ficando. Essa era a impressão passada pelas gerações anteriores do modelo de entrada.

Agora, o Classe A mudou, e passou a trazer uma inédita configuraç­ão sedã, que avaliamos. O modelo, que estará no Salão do Automóvel (em novembro) ao lado da versão hatch de terceira geração, é bonito, bom de dirigir e moderno. O três-volumes chega ao Brasil no primeiro semestre de 2019 importado do México – ainda sem preço definido.

Aceleramos o Classe A Sedan pelas ruas de Seattle e nas estradas ao redor da cidade norte-americana. A versão avaliada foi a 220 4Matic, com tração integral. O motor é um quatro-cilindros que gera 190 cv e

30,6 mkgf a 1.600 rpm. Com o câmbio automatiza­do de sete marchas e dupla embreagem, o conjunto dá ao sedã um vigor muito bom, com poder de arrancada e aceleração progressiv­a. No uso urbano e na estrada, a performanc­e sobra.

A suspensão é mais voltada

à esportivid­ade que ao conforto, mas isso também não quer dizer que o A Sedan faça os passageiro­s sofrerem em pisos imperfeito­s. A absorção de impactos é boa, a nãos ser em buracos mais profundos, em que o carro dá fim de curso.

Um dos grandes destaques do sedã não está em sua força, mas em sua esperteza. O modelo traz tecnologia de inteligênc­ia artificial na central multimídia MBUX. Há reconhecim­ento de voz e um assistente virtual (chamado de “Mercedes”) que aprende as preferênci­as do usuário, entendendo inclusive gírias.

O sistema de navegação usa realidade aumentada, exibida na tela do painel de instrument­os, para mostrar o local exato por onde o carro está passando, com imagem em tempo real. Na estrada ou locais mais abertos, ele funcionou muito bem, mas no centro de Seattle,

com muita informação (gente, ruas em sequência, sinais e placas), o recurso não foi preciso como se esperava.

Além disso, o modelo também tem direção semiautôno­ma. Câmeras e radares leem as condições de tráfego, curvas e faixa na pista e levam o carro sozinho por até dez segundos, analisando as condições 500 metros à frente.

O acabamento com couro, plástico preto e diversas texturas é muito bom. Já o espaço traseiro deixa a desejar.

O JORNALISTA VIAJOU A CONVITE DA MERCEDES-BENZ

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FOTOS: MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO
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Aparência esportiva é ponto forte do sedã. Sistema multimídia traz inteligênc­ia artificial
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