Acordo entre Embraer e Boeing terá aval de eleito
Bolsonaro afirmou, em coletiva de imprensa, que a fusão das duas empresas ‘continua sem problemas’
O presidente eleito Jair Bolsonaro se comprometeu ontem a apoiar o acordo na área de jatos comerciais entre a norte-americana Boeing e a brasileira Embraer. Ele afirmou também que seu governo poderá vender áreas da Petrobrás e buscar parcerias para a empresa manter o calendário de investimentos.
O acordo entre Boeing e Embraer foi fechado no início de julho, e o governo do presidente Michel Temer esperava a definição da eleição presidencial para aprovar a parceria. “A fusão da Embraer com a Boeing continua sem problema algum e sim
(vou avalizar)”, disse Bolsonaro, em sua primeira entrevista como presidente eleito. O governo tem uma “golden share” na Embraer, que lhe dá poderes para aprovar e vetar temas estratégicos para a empresa.
Após a eleição, o futuro Ministro da Defesa, general da reserva Augusto Heleno, já havia afirmado que via com bons olhos o acordo, mas que pretendia conhecer os termos do contrato que está para ser selado.
Petrobrás. O presidente eleito afirmou ainda que em seu governo vai buscar parcerias para a Petrobrás continuar sustentável e capaz de fazer os investimentos necessários. A estatal virou o centro das atenções na Operação Lava Jato, que apurou desvios relacionados à administração da companhia. Neste ano, apesar de ainda exibir um alto endividamento, a estatal voltou a operar no azul.
“A Petrobrás não tem mais capacidade de investir, então tem que buscar fazer parcerias e vender algumas áreas”, disse Bolsonaro. O presidente eleito afirmou ainda que pretende manter o calendário de leilões de blocos de petróleo em seu futuro governo, como reivindica o setor.