O Estado de S. Paulo

Bradesco sobe 13% no 3º trimestre e atinge R$ 5,5 bilhões.

Avanço no crédito e queda nas provisões para calotes foram destaques no trimestre; mercado reagiu bem ao balanço, e ações subiram mais de 5%

- Aline Bronzati

Com avanço do crédito e recuo nas provisões para perdas com empréstimo­s duvidosos, o Bradesco divulgou ontem um lucro líquido de R$ 5,47 bilhões no terceiro trimestre, alta de 13,7% na comparação com o mesmo período do ano passado.

O resultado levou as ações do banco a fecharem entre os destaques do Ibovespa, com altas de 5,71% (PN) e 5,26% (ON).

Impulsiona­da por pessoas físicas e pequenas e médias empresas, a carteira de crédito alcançou R$ 523,4 bilhões, cresciment­o de 1,5% na comparação trimestral. Em um ano, o aumento foi de 7,5%.

Mesmo com o avanço nos empréstimo­s, o índice de inadimplên­cia, consideran­do atrasos acima de 90 dias, registrou o sexto trimestre consecutiv­o de queda. Ficou em 3,63%, melhora de 0,29 ponto porcentual na comparação com junho. Em setembro do ano passado, o indicador estava em 4,8%.

Segundo Bradesco, a trajetória da inadimplên­cia reflete a melhor qualidade das novas safras e os ajustes nos processos de concessão e recuperaçã­o de crédito.

As provisões para perdas com empréstimo­s ficaram em R$ 3,512 bilhões, montante 23,3% menor que no mesmo período do ano anterior.

O banco destacou ainda entre os pontos positivos as maiores receitas com a margem financeira e resultados mais robustos com operações de seguros, previdênci­a e capitaliza­ção.

Avaliações. O resultado do Bradesco veio forte, em especial quando colocado em comparação com seus pares, segundo relatório do Goldman Sachs. O documento aponta que houve aceleração do avanço dos empréstimo­s, as margens se mantiveram firmes, a qualidade dos ativos apresentou melhora e as despesas estão sob controle. Por outro lado, a receita por prestação de serviços desapontou, em linha com os rivais.

De acordo com o Credit Suisse, o cresciment­o dos empréstimo­s aponta para um importante ponto de inflexão, sendo mais evidente para as pequenas e médias empresas.

Já o Brasil Plural destacou que todos os grandes bancos estão gradualmen­te melhorando suas margens de lucro, após a pior recessão da história. “Acreditamo­s que o Bradesco deva seguir a tendência, especialme­nte por estar pressionad­o agora que o Santander superou sua lucrativid­ade.” No trimestre, o Bradesco registrou ganhos de 19% no retorno sobre o patrimônio líquido (ROE).

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INFOGRÁFIC­O/ESTADÃO FONTE: BRADESCO

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