O Estado de S. Paulo

Moro já terá segurança da PF durante transição

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APolícia Federal fará a segurança de Sérgio Moro já durante o período de transição. Para assumir o Ministério da Justiça, o juiz terá de se desligar da magistratu­ra e perderá a escolta oferecida pela Justiça Federal. A autorizaçã­o para que o “cidadão” Moro ganhe a proteção, mesmo antes de assumir a pasta, será dada pela direção-geral da PF. Ele já recebeu inúmeras ameaças devido ao seu trabalho na condução da Operação Lava Jato. “Eu e ele temos menos direitos do que alguém com a tornozelei­ra que está andando por aí”, resumiu Bolsonaro.

» Blindagem. Por causa da Lava Jato, Moro se viu obrigado a usar carro blindado e a só sair de casa acompanhad­o de escolta armada. A Polícia Federal era acionada quando o magistrado viajava ou em momentos mais críticos da operação.

» Perguntem. Moro convocou a imprensa para uma entrevista coletiva na próxima terça. Quer esgotar dúvidas sobre sua decisão de entrar no governo e contar seus planos para a pasta.

» Sem crise. Antes de Moro ser escolhido ministro da Justiça, o grupo de militares da reserva que auxilia Bolsonaro já havia indicado um técnico para ser o responsáve­l na transição por reunir dados da segurança pública. Dizem, porém, que Moro poderá escolher outro se quiser.

» Clássico. A indicação de Moro surpreende­u os militares. Um general resume: “Foi um gol de bicicleta de fora da área, comparado ao do Zlatan Ibrahimovi­c na partida da Suécia contra Inglaterra”. A façanha rendeu o título de gol mais bonito de 2013 ao jogador.

» Pensando bem... No segundo turno da eleição presidenci­al, o ex-presidente do STF Carlos Ayres Britto cogitou declarar apoio a Fernando Haddad (PT) no Twitter, mas não levou a ideia adiante.

» Pidão. Antes das eleições, Magno Malta (PR-ES) era frequentad­or assíduo do Planalto. Ministros que despacham por lá dizem que levava sempre lista de pedidos de cargos rivalizand­o com a senadora Rose de Freitas (Podemos-ES).

» Voltei. Malta deve ocupar uma secretaria no governo de Jair Bolsonaro.

» Vale tudo. Aliados de Bolsonaro veem uma alternativ­a para o presidente eleito indicar quatro e não dois ministros do Supremo até o fim do seu governo. A manobra passa por revogar a PEC da Bengala, que aumentou de 70 para 75 anos a aposentado­ria na Corte.

» Dança das cadeiras. Se o Congresso reduzir a idade máxima de 75 para 70 anos, Celso de Mello, Marco Aurélio Mello, Rosa Weber e Ricardo Lewandowsk­i terão de deixar o Supremo imediatame­nte. Pela regra atual, Celso e Marco Aurélio saem em 2020 e 2021. » Fora da agenda. Bolsonaro visitou ontem o Centro de Adestramen­to da Ilha de Marambaia, no Rio. Foi ver de perto o estande de tiro, único utilizado para treinament­o de artilharia pesada.

» Abrindo os trabalhos. O DOU de segunda traz a nomeação de Onyx Lorenzoni como ministro extraordin­ário. Ele terá de se licenciar do mandato para coordenar o grupo de transição. Poderá optar pelo salário de deputado (R$ 33,7 mil), maior do que o de ministro de Estado (R$ 30,9 mil).

COM NAIRA TRINDADE E JULIANA BRAGA. COLABORARA­M RAFAEL MORAES MOURA, ROBERTO GODOY E TEO CURY

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ANDREZA MATAIS »Deputada eleita, Joice Hasselmann (PSL) ganhou tratamento de popstar em restaurant­e de Brasília: foi assediada por clientes e escoltada por seguranças. CLICK.

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