O Estado de S. Paulo

Cresce confiança do consumidor paulistano

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Antes mesmo de que fosse conhecido o resultado das eleições – seguido da promessa de medidas de estímulo à liberdade de mercado –, já havia sinais de melhora da confiança das famílias, constatada, por exemplo, no comércio varejista de São Paulo. Foi o que revelou o Índice de Confiança do Consumidor (ICC) paulistano apurado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomercio­SP). O ICC avançou 1,1% entre setembro e outubro e 5% em relação a outubro de 2017, alcançando 107,9 pontos e situando-se no campo positivo, em que as marcas são superiores a 100 pontos.

O índice separa a situação presente e as expectativ­as quanto ao futuro, que são melhores. O Índice de Condições Econômicas Atuais (Icea) registrou apenas 78,7 pontos em outubro, com leve queda em relação a setembro. Isso evidencia que os consumidor­es, em contraste com as perspectiv­as futuras, ainda enfrentam dificuldad­es para manter seu padrão de consumo. É, provavelme­nte, um quadro que só aos poucos tende a melhorar, na medida da diminuição dos índices de desemprego.

Já o Índice de Expectativ­as do Consumidor (Iec) avançou 2,4% entre setembro e outubro e 3,8% comparativ­amente a outubro de 2017, mostrando que os consumidor­es estão otimistas quanto à evolução da sua renda, ao poder aquisitivo dos salários e à política econômica. Também esperam que a inflação continue sob controle e os juros caiam.

Os economista­s da Fecomercio SP destacam as diferenças verificada­s nas classes de renda e no corte por gênero. Os consumidor­es com renda familiar inferior a dez salários mínimos estão aumentando levemente suas compras, mas isso não acontece com os consumidor­es cuja renda familiar supera dez salários mínimos. Os homens se mostraram mais cautelosos com a situação atual do que as mulheres. No que tange ao futuro, registrou-se maior otimismo entre os consumidor­es com idade superior a 35 anos e entre as mulheres.

A pesquisa foi feita antes das eleições. É, portanto, provável que os próximos levantamen­tos apontem para um aumento das perspectiv­as favoráveis. Havia razoável influência das incertezas, que “devem diminuir após a definição eleitoral”. A combinação de juros cadentes e inflação baixa será decisiva para o comportame­nto do comércio varejista.

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