Alckmin já define com tucanos rumos do PSDB
Em Brasília, o presidente do PSDB, Geraldo Alckmin, começou a conversar com tucanos de raiz para discutir não só o que fazer com o PSDB, mas em especial com o governador eleito por São Paulo, João Doria. O ex-presidenciável convocou uma reunião da Executiva do partido para 22 de novembro, quando a sigla decidirá se vai apoiar ou não o governo de Jair Bolsonaro. Aliados do tucano defendem postura de oposição, mas com apoio às reformas importantes ao País. Já Doria, que se movimenta para assumir o PSDB, quer caminhar com o novo governo.
» Na agenda. Um dia antes da reunião da Executiva do PSDB, o senador Tasso Jereissati deve ser anunciado como possível candidato ao comando do Senado pelo bloco Rede, PDT, PSB, PPS. Esse grupo tem 14 senadores. Com os oito do PSDB, soma 25% dos votos.
» Fogo amigo. Uma das opções para assumir a presidência do Senado, Simone Tebet (MDB) foi procurada por senadores do Podemos, que pediram que ela convença o colega Alvaro Dias (Podemos) a desistir de se lançar à cadeira. Não querem dividir forças.
» Arrumando a casa. Onyx Lorenzoni vai publicar portaria no Diário Oficial da União de amanhã com definições e competências da equipe de transição. Gustavo Bebianno será o secretário-geral desse gabinete.
» Na área. A presidente da Frente Parlamentar Agropecuária (FPA), a deputada Teresa Cristina, quer indicar Pedro Camargo Neto para compor a equipe de transição de Jair Bolsonaro. O presidente eleito havia encomendado dois nomes a ela. A FPA sugere que uma das vagas seja da deputada.
» A cavalo dado… Anunciado ministro de Jair Bolsonaro, o general Heleno, quando questionado se prefere assumir o GSI ou o Ministério da Defesa, diz: “Qualquer um deles. Sou soldado, cumpro missão”.
» Anotado. O Itamaraty informa que 225 é o total de postos do Brasil no exterior e não o que se pretende fechar. “O enxugamento que o governo atual tem em mente é gradual. Concentraríamos em um único país do Caribe a representação de outras quatro ou cinco, que seriam desativadas.”
» Pendura. Só 54% dos candidatos que disputaram o primeiro turno da eleição apresentaram a prestação final de contas ao Tribunal Superior Eleitoral. O prazo se encerrou ontem. Eles serão intimados e terão três dias para dar explicações.
» Acelera! No primeiro mês da gestão de Dias Toffoli, o plenário do Supremo decidiu sobre 425 casos, considerando os julgamentos presenciais e virtuais. A antecessora dele, ministra Cármen Lúcia, encerrou os primeiros 30 dias de sua gestão, em 2016, com 239 processos julgados. » Estratégia. O ministro Edson Fachin deve encaminhar menos casos da Lava Jato para o plenário, deixando-os na Segunda Turma, avaliam integrantes do STF. Com Cármen Lúcia na turma, aumentam as chances de ele sair vitorioso em julgamentos da operação.
» Recado. No prefácio do livro Corrupção, de Roberto Livianu, Sérgio Moro diz ser importante examinar as leis de licitação, concessões e contratações de servidores públicos a fim de coibir desvios. “Um ponto fundamental é a lei eleitoral.”
COM JULIANA BRAGA. COLABORARAM ELIANE CANTANHÊDE E RAFAEL MORAES MOURA