Palestino é única vítima de foguetes do Hamas contra Israel.
A única vítima do Hamas e outras facções é um operário que trabalhava em Ashkelon e tinha mulher e seis filhos
Um operário palestino, que tinha permissão para trabalhar e morar em Israel, foi a única pessoas morta pelos mais de 400 foguetes lançados da Faixa de Gaza contra o sul do território israelense. A vítima foi identificada como Mahmoud Abu Usbeh, de 48 anos. Sua família vive na cidade palestina de Halhoul, na Cisjordânia. Ele era casado e tinha seis filhos. Seu corpo foi resgatado ontem dos escombros de um prédio em Ashkelon. Duas israelenses ficaram feridas.
O movimento islâmico Hamas e outras facções palestinas anunciaram ontem um cessarfogo com Israel, alcançado com a mediação do Egito, após um dos piores confrontos entre os dois lados desde a guerra de 2014.
Israel, que não costuma comentar anúncios do gênero, não confirmou a notícia. Apenas o ministro da Defesa israelense, Avigdor Lieberman, publicou um comunicado para desmentir seu apoio ao fim das operações israelenses.
Pelo menos sete palestinos morreram desde domingo nos ataques israelenses lançados em resposta aos mais de 400 foguetes disparados da Faixa de Gaza contra Israel. O Exército israelense prosseguia ontem com seus bombardeios contra alvos militares na Faixa de Gaza e os palestinos continuavam lançando foguetes, mas os confrontos eram de menor intensidade.
No domingo, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, garantiu aos israelenses que estava “fazendo o possível para evitar uma guerra desnecessária”. Mas Israel parece estar exatamente à beira de uma guerra. Depois que uma missão de espionagem fracassada a cargo de agentes secretos deixou seis combatentes palestinos mortos, o Hamas e outras facções lançaram foguetes contra grande parte do sul de Israel. O governo israelense respondeu com ataques aéreos que se tornaram mais destrutivos.
Os combates podem invalidar meses de conversações multilaterais para apaziguar a fronteira entre Israel e Gaza, onde protestos iniciados em março enfrentaram uma reação israelense letal. Cerca de 170 palestinos foram mortos e milhares ficaram feridos desde então.
Alguns israelenses indagavam por que, com o governo pressionado para acalmar as tensões em Gaza e as conversações progredindo, o país arriscaria tudo por causa do que as autoridades descreveram como uma missão de rotina?
Para analistas, a missão foi rotineira demais. Ninguém esperava que o comando espião fosse descoberto. “Eles imaginavam que a operação não seria revelada”, disse Giora Eiland, general aposentado e ex-assessor de segurança nacional. O custo desse pequeno risco ficou evidente na segunda-feira.