O Estado de S. Paulo

Palmeiras quase lá

Time tropeça no lanterna Paraná (1 a 1), mas mantém cinco pontos de vantagem para o segundo colocado, agora o Flamengo, pois o Inter perdeu no Rio

- Dani Arruda ESPECIAL PARA O ESTADO

Líder, time só empata contra o Paraná, mas mantém vantagem de cinco pontos no Campeonato Brasileiro.

Uma atuação ruim e um tropeço inesperado. Mas os resultados da rodada ajudaram e o Palmeiras ficou mais próximo do título brasileiro. A vantagem de cinco pontos permaneceu: 71 a 66. Restam três rodadas. O empate por 1 a 1 com o lanterna Paraná, ontem, no Estádio do Café, em Londrina, invadido por quase 30 mil torcedores palmeirens­es, não estava nos planos de Felipão e dos jogadores. Mas no final tudo ficou bem.

A derrota (1 a 0) do Internacio­nal para o Botafogo no Engenhão ajudou e muito. Uma vitória do time gaúcho poderia ter reduzido a vantagem para apenas três pontos. Agora, quem surge no retrovisor palmeirens­e é o Flamengo. Com a vitória (1 a 0) sobre o Sport no Recife, chegou aos 66 pontos. O Inter parou nos 65. O título pode vir na quarta-feira (mais informaçõe­s nesta página).

“Não temos de ficar arrumando desculpas. Queríamos ter vencido. Era um jogo, teoricamen­te, que viemos para brigar e vencer. Poderíamos dar um passo muito grande. Infelizmen­te não conseguimo­s, tivemos dificuldad­e. Temos três jogos ainda e somos líderes. É focar na reta final para não repetir os erros que cometemos”, analisou Bruno Henrique.

Assim como aconteceu no empate com o Atlético-MG, no Independên­cia, o Palmeiras não jogou bem. Diante do pior time do campeonato, com apenas 22 pontos, já rebaixado, poucas chances de gol foram criadas.

O gol de Keslley no primeiro tempo aumentou a pressão sobre o time palmeirens­e. No início da etapa final, Gustavo Scarpa empatou, de pênalti. E a esperada pressão pela virada, surpreende­ntemente, não ocorreu.

Felipão fez um diagnóstic­o preciso do problema: ansiedade. “Empatamos o jogo e depois, ansiosamen­te, começamos a não jogar futebol, a não criar situações que poderiam nos dar a vitória. Era tudo apressadin­ho. Não é assim que estamos jogando, é uma situação que vai ter que ser trabalhada.”

Para Moisés, é momento do Palmeiras refletir, conter a ansiedade e demonstrar tranquilid­ade para garantir o título em um dos jogos das próximas rodadas. Ainda que não seja o cenário desejado, a vantagem permite que o time possa tropeçar sem perder a liderança.

“Precisamos ter tranquilid­ade. Temos o próximo jogo em casa e, com uma vitória, pode acabar o campeonato. Nossos adversário­s não podem errar. Tínhamos margem, erramos, mas esperamos que isso não aconteça no próximo jogo.”

A postura do Paraná também surpreende­u o Palmeiras. O lanterna antecipou o planejamen­to para 2019 e começou a partida com cinco jogadores da base. O meia Keslley, autor do gol, tem 19 anos e fez sua segunda partida como profission­al.

“Ninguém é bobo, ainda mais quando vê o Palmeiras. Todos querem ganhar, mostrar serviço, fazer algo diferente. O Paraná impôs correria, ritmo diferente. Agora não adianta lamentar”, disse o goleiro Weverton.

Com o empate, o Palmeiras chegou a 20 jogos de invencibil­idade. Felipão não demonstrou preocupaçã­o com os números: “Só coroa se formos campeões. Se não for campeão, não adianta nada. Podem ser 20, 21, 22...”

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ROBSON VILELA/FUTURA PRESS Apagado. Dudu passa por Keslley enquanto é observado por Lucas Lima; ataque do Palmeiras pouco criou em Londrina

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